Faltam poucos dias para o início da Mobilização Nacional de Oração

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011 Diego Tales

Você já sabe qual o dia que seu estado deve orar?

Para melhor viver a moção de reconstrução da identidade e espiritualidade da Renovação Carismática Católica, a partir do dia 1º de janeiro de 2012, os carismáticos do Brasil inteiro estarão ligados pela oração, 24h por dia, todos os dias do mês, até o final do ano. Essa é a proposta da Mobilização Nacional de Oração, cada estado será responsável por mobilizar os membros do Movimento em um dia do mês para que a intercessão aconteça de forma interrupta.
Todos os carismáticos estão convidados a participar dessa mobilização. A ideia é que cada estado consiga unir o maior número pessoas em oração.
O subsídio completo você pode baixar aqui, ele auxiliará na preparação do seu coração para a oração e também vai lhe explicar de uma maneira mais clara e detalhada o projeto.
Saiba mais:

O casamento se inicia no namoro equilibrado

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011 Diego Tales


Deus estruturou a humanidade na família
O que Deus quer do casamento, da família?
Quando o Deus Pai quis que a humanidade existisse, Ele estruturou tudo na família, com o casal. O Senhor fez o homem, mas viu que seu coração estava vazio e disse a Adão: “Eu vou te dar uma companheira adequada” (Gn 2, 18c). Quando Ele fez a mulher da mesma natureza do homem, é uma linguagem poética para dizer que a mulher foi feita na mesma dignidade do homem, mas diferente para que os dois se completassem. Quando Deus levou Eva para Adão, este ficou emocionado e disse: “Ela vai se chamar mulher” (id. 2, 23c).
O Altíssimo disse a coisa mais importante sobre isso: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e serão uma só carne” (id. 2, 24). Isso é o desígnio de Deus, que o homem se case com uma mulher e forme uma só carne, uma só pessoa humana.
Pela unidade do amor de Deus, no altar, vocês serão uma só pessoa; isso é mais ou menos aquilo que acontece na Santíssima Trindade, Três Pessoas, mas uma unidade. Se o casamento não for uma unidade, ele não estará de acordo com a vontade de Deus, e o casal não poderá ser feliz. Se o casal não for uma unidade, não estará vivendo conforme a vontade divina; e isso começa no namoro. É no namoro que a família começa, todos nós nos casamos porque namoramos.
O namoro é o alicerce, o fundamento, se você fizer desse período apenas uma curtição, você estará fazendo da sua família futura uma brincadeira e você sofrerá mais tarde. Leve o namoro a sério, não brinque com a pessoa do outro.  Namoro não é tempo de conhecer o corpo do outro, mas alma do outro. Não empurre seu namoro com a “barriga”, se você vê que só existe briga, tenha coragem de terminar, o amor é algo que se constrói, não cai do céu pronto. A aliança de namoro você pode tirar do dedo, a aliança do casamento, não.
Não deixe a vida sexual sufocar seu namoro, a vida sexual é para os casais casados. São Paulo diz que o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à mulher, porque eles são uma só carne, por isso têm o dever de viver a vida sexual.
Viva seu namoro na castidade, na seriedade e vocês estarão se preparando para ser um casal fiel. O namoro é o começo de tudo, é o ponto de partida.


Quando chegamos ao casamento o que Deus quer? O casamento é uma decisão que exige maturidade, atrás desse “sim” vêm os filhos, que não pediram para vir ao mundo, mas vieram por amor. O filho tem o direito de viver com seus pais, porque ele precisa disso para sua formação moral, intelectual, psicológica, por isso, o casal precisa ser uma só carne e não levar o casamento na brincadeira com mentiras. Se você começar a mentir dará espaço para o demônio entrar no seu matrimônio; não pode haver falsidade entre o casal. Não pode haver divisão entre o casal, não pode existir a primeira pessoa do singular: “eu”, mas sim, a primeira pessoa do plural: “nós”.
Deus quer o casal como café com leite: quando alguém olha vê um só. É possível fazer isso? Sim, com a graça de Deus. Casal que reza junto permanece junto.

Fonte: Comunidade Shalom

Conheça São João da Cruz, o "doutor espiritual"

Diego Tales


Conheçamos mais um dos baluartes da gloriosa Ordem Carmelita Descalça: seu fundador, São João da Cruz. Ele nasceu em 1542, talvez no dia 24 de junho, em Fontiveros, província de Ávila, na Espanha. Seus pais se chamavam Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior” foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo.

Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem dos Carmelitas aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa.
Infelizmente, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os conventos carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio.

Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite Escura da alma", da "Subida do monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".
A doutrina de João da Cruz é plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar “Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo amor”; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor e à união com Deus pelo amor e, por último, deve levar à experiência dessa união à qual tudo se ordena”. “Não há trabalho melhor nem mais necessário que o amor”, disse o Santo. “Fomos feitos para o amor”. “O único instrumento do qual Deus se serve é o amor”. “Assim como o Pai e o Filho estão unidos pelo amor, assim o amor é o laço da união da alma com Deus”.
O amor leva às alturas da contemplação, mas como o amor é produto da fé, que é a única ponte que pode salvar o abismo que separa a nossa inteligência do infinito de Deus, a fé ardente e vívida é o princípio da experiência mística. João da Cruz costuma pedir a Deus três coisas: que não deixasse passar um só dia de sua vida sem enviar-lhe sofrimentos, que não o deixasse morrer ocupando o cargo de superior e que lhe permitisse morrer humilhado e desprezado.
Faleceu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, à meia-noite do dia 14 de dezembro de 1591, após três meses de sofrimentos atrozes. Seu corpo foi trasladado para Segovia em maio de 1593. A primeira edição de suas obras deu-se em Alcalá, em 1618. No dia 25 de janeiro de 1675 foi beatificado por Clemente X. Foi canonizado em 27 de dezembro de 1726 e declarado Doutor da Igreja em 1926 por Pio XI . Em 1952 foi proclamado "Patrono dos Poetas Espanhóis".
Talvez a mais bela e completa descrição física e espiritual do Santo Fundador tenha sido feita por Frei Eliseu dos Mártires que com ele conviveu em Baeza: "Homem de estatura mediana, de rosto sério e venerável. Um pouco moreno e de boa fisionomia. Seu trato era muito agradável e sua conversa bastante espiritual era muito proveitosa para os que o ouviam. Todos os que o procuravam saíam espiritualizados e atraídos à virtude.

Foi amigo do recolhimento e falava pouco. Quando repreendia como superior, que o foi muitas vezes, agia com doce severidade, exortando com amor paternal.." Santa Teresa de Jesus o considerava "uma das almas mais puras que Deus tem em sua Igreja. Nosso Senhor lhe infundiu grandes riquezas da sabedoria celestial. Mesmo pequeno ele é grande aos olhos de Deus. Não há frade que não fale bem dele, porque tem sido sua vida uma grande penitência".

Poucos homens falaram dos sublimes mistérios de Deus na alma e da alma em Deus como São João da Cruz. Santa Teresinha conheceu João da Cruz quando ainda vivia nos Buissonnets. Ela, em seus escritos, refere-se ao Santo Fundador cento e seis vezes, direta ou indiretamente, e confessa a forte influência que dele recebeu: "Ah, que luzes hauri nas obras de Nosso Pai São João da Cruz !... Com a idade de 17 a 18 anos, não tinha outro alimento espiritual... " (MA 83r).

Nascido em uma família pobre, trabalhou em diversas funções, entre elas a de artesão e ajudante num hospital. Nesse tempo ajudava aos pobres e freqüentava a escola dos jesuítas. Aos 21 anos ingressou na ordem dos Carmelitas em Medina e estava decepcionado com a rotina monástica descuidada.

Pensou em reformar a ordem. Foi quando conheceu Santa Teresa D Ávila que tinha igual visão. Ela estava em Medina para fundar um novo convento e procurava alguém da ala masculina de sua ordem que tivesse os mesmos anseios. E João aceitou o desafio e com apenas 25 anos de idade fundou o primeiro convento dos Carmelitas Descalços, em Durvelo, que depois expandiu-se para outras cidades.

Atendendo a um chamado de Teresa, João foi trabalhar com ela, em Ávila. Diante da recusa às autoridades de Medina que exigiam sua volta, foi preso durante nove meses, ocasião em que escreveu seus poemas místicos. Ao conquistar ao liberdade, fundou novos mosteiros. Com a colaboração de Santa Teresa D´Ávila, foi reformador da ordem Carmelitana, pessoas dedicadas realmente à pobreza e à oração. A ação de reformista custou-lhe intensas perseguições dentro da própria ordem.

Conhecido como "doutor espiritual é, com Santa Teresa, o máximo representante da escola mística espanhola e sua obra "Chama de Amor Viva", "Subida ao Monte Carmelo"- "Cântico Espiritual" constituem algumas das expressões mias eternas do pensamento místico universal. Até hoje é reeditada. Considerado como o maior poeta em língua castelhana e um dos quatro ou cinco gênios da poesia lírica. Com seu jeito reto de agir, rendia-lhe muitos adversários, que desejam expulsá-lo da Ordem. Após sua morte, João obteve a graça de ser reconhecido por seus opositores que reconheceram sua santidade.

Oração
Deus, nosso Pai, São João da Cruz viveu os mistérios da vossa morte e ressurreição. Ele fez a experiência do vosso amor e por vós foi provado na fé e no sofrimento. Mediante o trabalho interior, conseguiu descobrir os tesouros da vossa graça. A seu exemplo, fazei que cada um de nós progrida na vida espiritual e caminhe para vós.
 
Encontremos na vossa Palavra estímulo e consolação e, na comunhão com nossos irmãos, vos encontremos na partilha de todos os dons recebidos. Senhor, enviai-nos o vosso Espírito, o Espírito Santo que é "doador da vida", que é a água viva que jorra da fonte, Espírito de Amor e de liberdade, Espírito que nos concede a liberdade de filhos de Deus e irmãos em Jesus Cristo.
 
Espírito que nos convoca e nos reúne numa mesma família, povo de Deus a caminho do vosso Reino. São João da Cruz nos inspire o gosto pelas coisas do alto, e nos ensine a vos amar com todas as nossas forças e de todo o nosso coração. 
Fonte: Comunidade Shalom 

Ide ao mundo inteiro

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011 Diego Tales

Leia a primeira pregação de advento feita pelo frei Raniero Cantalamessa, OFMCap, pregador oficial da Casa Pontifícia.


Em resposta ao apelo do Sumo Pontífice de um renovado compromisso com a evangelização e em preparação para o Sínodo dos Bispos de 2012 sobre o mesmo assunto, me proponho a identificar, nestas meditações do Advento, quatro ondadas da nova evangelização na história da Igreja, ou seja, quatro momentos nos quais se testemunham uma aceleração ou uma retomada do compromisso missionário. São eles:

1. A expansão do cristianismo nos primeiros três séculos de vida, até a véspera do edito de Constantino, cujos protagonistas, em primeiro lugar, eram os profetas itinerantes e, depois, os bispos;

2. Os séculos VI-IX, em que assistimos à reevangelização da Europa após as invasões bárbaras, especialmente pela obra dos monges;

3. O século XVI com a descoberta e a conversão ao cristianismo dos povos do "novo mundo", especialmente pela obra dos frades;

4. A época atual que vê a Igreja envolvida numa reevangelização do Ocidente secularizado, com a participação determinante dos leigos.

Em cada um desses momentos tentarei destacar o que podemos aprender na Igreja de hoje: quais erros evitar e os exemplos a imitar e quais contribuições específicas que podem dar à evangelização os pastores, os monges, os religiosos de vida ativa e os leigos.

1. A difusão do cristianismo nos primeiros três séculos.


Hoje começamos com uma reflexão sobre a evangelização cristã nos primeiros três séculos. Principalmente um motivo faz deste período um modelo para todos os tempos. É o período no qual o cristianismo encontra o seu caminho exclusivamente por própria força. Não há nenhum "braço secular" que o apoie; as conversões não são determinadas pelas vantagens externas, materiais ou culturais. Ser cristão não é um costume ou uma moda, mas uma escolha contra a corrente, muitas vezes com risco de vida. Em alguns aspectos, a situação se voltou a criar hoje em diferentes partes do mundo.

A fé cristã nasce com uma abertura universal. Jesus tinha dito aos seus apóstolos para irem "ao mundo inteiro" (Mc 16, 15), para "fazerem discípulos a todas as nações" (Mt 28, 19), para serem testemunhas “até os confins da terra” (At 1, 8), para “pregarem a todos os povos a conversão e o perdão dos pecados” (Lc 24, 47).

A aplicação do princípio desta universalidade já acontece na geração apostólica, embora não sem dificuldade e lacerações. No dia de Pentecostes a primeira barreira é superada, a da raça (os três mil convertidos pertenciam a outros povos, mas eram todos crentes do judaísmo); na casa de Cornélio e no assim chamado concílio de Jerusalém, especialmente por impulso de Paulo, a barreira mais difícil de todas foi superada, aquela religiosa que separava os hebreus dos gentios. O evangelho tem, dessa forma, o mundo inteiro diante de si, ainda que por agora esse mundo seja limitado, no conhecimento dos homens, ao Mediterrâneo e às fronteiras do Império Romano.

Mais complexo é seguir a expansão de fato, ou geográfica, do cristianismo nos três primeiros séculos que, porém, é menos necessária para o nosso propósito. O estudo mais abrangente, e até agora insuperável a esse respeito é aquele de Adolph Harnack, "Missão e expansão do cristianismo nos primeiros três séculos".

Um aumento acentuado na atividade missionária da Igreja se realiza sob o imperador Commodo (180-192) e, em seguida, na segunda metade do século III, até as vésperas da grande perseguição de Diocleciano (302). Este, além das ocasionais perseguições locais, foi um período de relativa paz que permitiu à Igreja primitiva consolidar-se internamente e desenvolver um novo tipo de atividade missionária.

Vejamos em que consiste esta novidade. Nos dois primeiros séculos a propagação da fé foi confiada à iniciativa pessoal. Tratava-se dos profetas itinerantes, mencionados na Didaqué, que moviam-se de um lugar para outro; muitas conversões deveram-se a contatos pessoais, favorecidos pelos trabalhos comuns exercitados pelas viagens e pelas relações comerciais, pelo serviço militar e por outras circunstâncias da vida. Orígenes nos dá uma descrição comovente do zelo desses primeiros missionários:

"Os cristãos fazem todo o esforço possível para espalhar a fé por toda a terra. Para esse fim, alguns deles se propõem formalmente como tarefa das suas vidas o peregrinar não somente de cidade em cidade, mas também de município em município e de vilarejo em vilarejo para ganhar novos fiéis para o Senhor. Nem se passe pela cabeça, espero, que eles façam isso por lucro, pois até mesmo, muitas vezes se recusam a aceitar o que é necessário à vida".

Agora, na segunda metade do século III, estas iniciativas pessoais são cada vez mais coordenadas e em parte substituídas pela comunidade local. O bispo, até mesmo por reação aos efeitos de desintegração da heresia gnóstica, conquista a melhor sobre os mestres, como diretor da vida interna da comunidade e centro propulsor da sua atividade missionária. A comunidade é agora o sujeito evangelizador, a tal ponto que um erudito como Harnack, certamente não suspeito de simpatia pela instituição, possa afirmar: "Devemos ter por certo que a mera existência e a atividade constante das comunidades individuais, foi o principal fator na propagação do cristianismo".

No final do terceiro século, a fé cristã penetrou praticamente todos os estratos da sociedade, já tem sua própria literatura em língua grega e uma, embora no início, em língua latina; possui uma sólida organização interna; começa a construir edifícios sempre mais amplos, sinal do aumento do número de fiéis. A grande perseguição de Diocleciano, além das muitas vítimas, não fez nada mais que destacar o fato de que a força da fé cristã já era irreprimível. A última luta de braço entre o Império e o cristianismo é testemunha disso.

No fundo, Constantino não vai fazer nada mais do que tomar nota dessa nova relação de forças. Não será ele que vai impor o cristianismo para o povo, mas o povo que vai lhe impor o cristianismo. Afirmações como aquelas de Dan Brown no romance "O Código Da Vinci" e de outros propagadores, segundo os quais  foi Constantino, por razões pessoais, a transformar, com o seu edito de tolerância e com o concílio de Nicéia, uma obscura seita religiosa judaica na religião do império, são baseadas numa total ignorância dos fatos que precederam esses eventos.

2. As razões do sucesso

Um tema que sempre apaixonou os historiadores é aquele das razões do triunfo do cristianismo. Uma mensagem, nascida em um canto obscuro e desprezado do Império, entre pessoas simples, sem cultura e sem poder, em menos de três séculos, se estende a todo o mundo então conhecido, subjugando a refinadíssima cultura dos gregos e o poder imperial de Roma!

Entre as diversas razões do sucesso, alguns insistem no amor cristão e no exercício ativo da caridade, até torná-lo "o fator mais importante e poderoso para o sucesso da fé cristã", de tal forma que induziria mais tarde o imperador Juliano o Apóstata, a fornecer o paganismo de semelhantes obras de caridade para combater este sucesso.

Harnack, por outro lado, dá uma grande importância ao que ele chama de a natureza "sincretista" da fé cristã, ou seja, da capacidade de conciliar em si as tendências opostas e os diversos valores presentes nas religiões e na cultura do tempo. O cristianismo se apresenta ao mesmo tempo, como a religião do Espírito e do poder, que é acompanhada por sinais sobrenaturais, carismas e milagres, e como a religião da razão e do Logos integral, “a verdadeira filosofia”, nos dizeres de Justino Mártir. Os autores cristãos são "os racionalistas do sobrenatural", diz Harnack citando as palavras do apóstolo Paulo sobre a fé como "tratamento racional" (Romanos 12,1).

Desta forma o cristianismo reúne em si, num perfeito equilíbrio, o que o filósofo Nietzsche define o elemento apolíneo e o elemento dionisíaco da religião grega, o Logos e o Pneuma, a ordem e o entusiasmo, a medida e o excesso. É isto que, pelo menos em parte, entendiam os Padres da Igreja com o tema da "sóbria embriaguez do Espírito".

"A religião cristã – escrevia Harnack no final da sua monumental pesquisa – , desde o início, apareceu com uma universalidade que a permitiu reivindicar para si toda a vida inteiramente, com todas as suas funções, as suas alturas e profundidades, sentimentos, pensamentos e ações. Foi esse espírito de universalidade que lhe garantiu a vitória. Foi isso que a levou a professar que o Jesus proclamado por ela era o Logos divino ... Assim se ilumina com nova luz e aparece quase uma necessidade, até mesmo aquela poderosa atração pela qual chegou a absorver e a submeter a si o helenismo. Tudo o que era de alguma forma capaz de vida entrou como elemento na sua construção ... E essa religião não deveria vencer? "

A impressão que se tem ao ler este resumo é que o sucesso do cristianismo é devido a uma combinação de fatores. Alguns foram tão longe na busca das causas deste sucesso que encontraram vinte motivos a favor da fé e muitos outros que estavam agindo na direção oposta, como se o êxito final dependesse da prevalência do primeiro sobre o segundo.

Agora eu gostaria de destacar o limite inerente a tal abordagem histórica, mesmo quando esta é feita por historiadores que tem fé como aqueles que até agora tenho tido em conta. O limite, devido ao mesmo método histórico, é de dar mais importância ao sujeito do que ao objeto da missão, mais aos evangelizadores e às condições em que ela ocorre, do que ao seu conteúdo.

A razão que me empurra a fazê-lo é que isso é também o limite e o perigo inerente a tantas abordagens atuais e mediáticas, quando se fala de uma nova evangelização. Esquece-se de uma coisa muito simples: que Jesus mesmo tinha dado, antecipadamente, uma explicação da difusão do seu Evangelho e é dessa que devemos começar toda vez que nos propomos um novo esforço missionário.

Escutemos mais uma vez duas breves parábolas evangélicas, aquela da semente que cresce também à noite e aquela da semente de mostarda.

“E dizia: ‘acontece com o Reino de Deus o mesmo que com o homem que lançou a semente na terra: ele dorme e acorda, de noite e de dia, mas a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra por si mesma produz fruto: primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, a espiga cheia de grãos. Quando o fruto está no ponto, imediatamente se lhe lança a foice, porque a colheita chegou’”.(Mc 4, 26-30).

Esta parábola, por si só, diz-nos que a razão essencial para o sucesso da missão cristã não vem de fora, mas de dentro, não é obra do semeador e nem sequer principalmente do solo, mas da semente. A semente não pode ser jogada por si só, no entanto, é automaticamente e por si mesma que ela cresce. Depois de ter jogado a semente o semeador pode também ir dormir, a vida da semente já não depende dele. Quando esta semente é "a semente jogada na terra e morta", ou seja, Jesus Cristo, nada poderá impedir que essa "dê muitos frutos". Pode-se dar todas as explicações que você quiser desses frutos, mas estas permanecerão sempre na superfície, nunca captarão o essencial.

Quem captou com clareza a prioridade do objeto do anúncio sobre o sujeito é o apóstolo Paulo.

"Eu plantei, Apolo regou, mas é Deus quem fazia crescer”. Estas palavras parecem ser um comentário sobre a parábola de Jesus. Não se trata de três operações com a mesma importância; de fato, o apóstolo acrescenta: " Assim, pois, aquele que planta, nada é: aquele que rega nada é; mas imorta somente Deus, que dá o crescimento”. (1 Cor 3, 6 -7). A mesma distância qualitativa entre o sujeito e o objeto do anúncio está presente em outra palavra do Apóstolo: "Mas nós temos este tesouro em vasos de barro, para que este grande poder seja atribuído a Deus e não a nós" ( 2 Cor 4,7). Tudo isso se traduz nas exclamações programáticas: "Nós não pregamos a nós mesmos, mas o Senhor Jesus Cristo!" e ainda "Nós pregamos Cristo crucificado".

Jesus pronunciou uma segunda parábola com base na imagem da semente que explica o sucesso da missão cristã e que dever ser tida em conta hoje, diante da imensa tarefa de reevangelizar o mundo secularizado.

“E dizia: ‘com que compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? É como um grão de mostarda que, quando é semeado na terra – é a menor de todas as sementes da terra – mas, quando é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e deita grandes ramos, a tal ponto que as aves do céu se abrigam à sua sombra” (Mc 4, 30-32).

O ensinamento que Cristo nos dá com esta parábola é que o seu Evangelho e a sua mesma pessoa é a menor coisa que existe sobre a terra porque não há nada menor e mais fraco do que uma vida que termina numa morte de cruz. No entanto, esta minúscula "semente de mostarda" está destinada a se tornar uma grande árvore, de modo a acomodar em seus ramos todos os pássaros que vão refugiar-se ali. Isso significa que toda a criação, absolutamente toda irá ali encontrar refúgio.

Que contraste com as reconstruções históricas mencionadas acima! Tudo lá parecia incerto, aleatório, suspenso entre o sucesso e o fracasso; aqui tudo já foi decidido e garantido desde o começo! No final do episódio da unção de Betânia, Jesus pronunciou estas palavras: "Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho seja anunciado, em todo o mundo, em memória dela se dirá também o que ela fez" (Mateus 26,13 ). A mesma consciência tranquila de que um dia sua mensagem seria anunciada “a todo o mundo”. E certamente não é uma profecia "post eventum", porque naquele momento, tudo pressagiava o oposto.

Até mesmo nisso quem melhor captou "o mistério escondido" foi Paulo. Me impressiona sempre um fato. O Apóstolo pregou no Areópago de Atenas e assistiu a uma rejeição da mensagem, educadamente expressada com a promessa de ouvi-lo em outra ocasião. De Corinto, onde ele foi logo depois, escreveu a Carta aos Romanos, onde afirma ter recebido a tarefa de conduzir "à obediência da fé todas as nações" (Rm 1, 5-6). O insucesso não avariou minimamente a sua confiança na mensagem: "Eu não me envergonho - grita - do evangelho, porque é potência de Deus para a salvação de todo aquele que crê, do judeu, primeiro, como do grego" (Rom 1, 16 ). Apóstolo Paulo, dá-nos um pouco "desta tua fé e desta tua coragem e não nos desanimaremos diante da tarefa sobre-humana que está diante de nós!

"Toda árvore, diz Jesus, é reconhecida pelos seus frutos" (Lc 6, 44). Isto é verdade para toda árvore, exceto para a árvore nascida dele, o cristianismo (e de fato ele está falando aqui dos homens); essa única árvore não é conhecida pelo fruto, mas a partir da semente e da raiz. No cristianismo a plenitude não está no fim, como na dialética hegeliana do devir (“o verdadeiro é o inteiro”), mas está no princípio; nenhum fruto, nem mesmo os maiores santos, acrescentam algo à perfeição do modelo. Neste sentido tem razão quem afirmou que “o cristianismo não é perfectível”.

3. Semear e... ir dormir

Aquilo que os historiados das origens cristãs não registraram ou dão pouca importância é a certeza inabalável que os cristãos da época, pelo menos os melhores deles, tinham sobre a bondade e a vitória final da sua causa. "Vocês podem nos matar, mas não nos podem prejudicar", dizia Justino Mártir ao juiz romano que o condenava à morte. No final foi essa tranquila certeza que lhes garantiu a vitória e convenceu as autoridades políticas da inutilidade dos esforços para suprimir a fé cristã.

É isso o que mais nos acontece hoje: despertar nos cristãos, pelo menos naqueles que pretendem se dedicar ao trabalho da reevangelização, a certeza íntima da verdade do que anunciamos. "A Igreja, Paulo VI disse certa vez, precisa recuperar o desejo, o prazer e a certeza da sua verdade". Devemos acreditar primeiramente nós, em tudo o que anunciamos; mas acreditar realmente, "com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente". Temos de ser capazes de dizer com Paulo: "Animados pelo mesmo espírito de fé, como está escrito: Eu acreditei, portanto, eu falei, nós também acreditamos e, portanto, falamos" (2 Coríntios 4, 13).

A tarefa prática que as duas parábolas de Jesus nos designam é semear. Semear com mãos cheias, “no momento adequado e inadequado" (2 Tm 4, 2). O semeador da  parábola que sai para semear não se preocupa com o fato de que algumas sementes acabem na rua e entre os espinhos, e pensar que aquele semeador, fora da metáfora, é ele mesmo, Jesus! A razão é que, neste caso, não se pode saber com antecedência qual terreno se revelará bom, ou duro como o asfalto e sufocante como um arbusto. Há no meio a liberdade humana que o homem não pode prever, e Deus não quer violar. Quantas vezes entre as pessoas que ouviram algum sermão ou leram um determinado livro, verifica-se que quem o tomou mais a sério e teve a vida mudada era a pessoa que menos se esperava, alguém que estava ali por acaso, ou até mesmo relutante. Eu mesmo poderia contar dezenas de casos.

Semear então e depois... ir dormir! Ou seja, semear e depois não estar lá o tempo todo olhando, quando brota, onde brota, quantos centímetros está crescendo diariamente. A germinação e o crescimento não é nosso negócio, mas de Deus e do ouvinte. Um grande humorista Inglês do século XIX, Jerome Klapka Jerome, disse que a melhor maneira de fazer demorar a ebulição da água numa panela é aquela de estar de olho nela e esperar com impaciência.

Fazer o contrário é fonte inevitável de ansiedade e de impaciência: coisas que Jesus não gosta e que ele nunca fez quando esteve na terra. No Evangelho, ele nunca parece ter pressa. "Não andem ansiosos pelo amanhã, dizia aos seus discípulos, porque o amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mateus 6, 34).

Neste sentido, o poeta cristão Charles Péguy põe na boca de Deus palavras que são boas para meditarmos:

"Disseram-me que há homens que trabalham bem e dormem mal. Que não dormem. Que tem falta de confiança em mim. É quase pior do que se não trabalhassem, mas dormissem, porque a preguiça não é pecado maior do que a ansiedade ... Não falo, diz Deus, daqueles homens que não trabalham e não dormem. Esses são pecadores, é claro ... Falo daqueles que trabalham e não dormem ... Tenho pena deles. Eles não confiam em mim ... Governam muito bem seus assuntos durante o dia. Mas não querem confiar-me o governo durante a noite... Quem não dorme é infiel à Esperança... ".

As reflexões realizadas nesta meditação nos levam, em conclusão, a colocar na base do esforço para uma nova evangelização um grande ato de fé e de esperança para sacudir de cima qualquer sentimento de impotência e resignação. Temos diante de nós, é verdade, um mundo fechado no secularismo, inebriado pelos sucessos da técnica e das possibilidades oferecidas pela ciência, refratário ao anúncio do Evangelho. Mas era talvez menos confiante em si e menos refratário ao evangelho o mundo no qual viviam os primeiros cristãos, os gregos com a sua sabedoria e o Império Romano com o seu poder?

Se houver algo que possamos fazer, depois de ter "semeado", é "irrigar", com a oração, a semente lançada. Por isso terminemos com a oração que a liturgia nos faz recitar na Missa "para a evangelização dos povos":

Ó Deus, tu queres que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade; olha quão grande é a tua messe e manda operários, para que seja anunciado o Evangelho à toda criatura, e o teu povo, reunido pela palavra de vida e moldado pela força dos sacramentos, prossiga no caminho da salvação e do amor.

Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Pe. Raniero Cantalamessa, OFMCap

Diante do mal está o bem

Diego Tales

Este versículo do livro do Eclesiástico como todas as outras passagens da Bíblia, nos faz pensar e nos pede um posicionamento perante a vida.

Diante do mal está o bem. Muitas vezes, nos deparamos com o mal na nossa vida, por exemplo, quando alguém propositalmente, para proveito próprio, usando de meios iníquos nos prejudica ou a alguém que nós amamos, ou fala mal de nós, ou nos humilha. Qual seria o bem que está diante desse mal? A NOSSA ATITUDE. Se a nossa atitude for de perdão, se não ficarmos falando mal dessa pessoa aos outros, mas se calarmos em oração, isto é, silenciarmos e pedirmos a misericórdia de Deus para essa pessoa que agiu mal, estaremos colocando o bem diante do mal. E daí, o bem que vem de Deus alcançará a nossa vida. Será o Bem aliando-se ao bem. O Bem com letra maiúscula é aquele que vem de Deus e o bem que reflete esse Bem Maior que vem de Deus é o bem que nós praticamos em resposta ao mal com que nos deparamos.

São Paulo nos exorta em sua carta aos Romanos: “Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem.” (Rm 12, 21)

Portanto, se quisermos o amor e a misericórdia de Deus se derramando sobre nossa vida, não paguemos o mal com o mal. Quem age mal se alia ao mal e cedo ou tarde pagará um preço por isso.

São Pedro nos recorda: “Aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendam as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (1Pe 4, 19).

Se você quiser ler as profecias que recebemos do Senhor a respeito de pagar o mal com o bem, procure as moções que apareceram no Portal em maio de 2010.

Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

Fotos do Retiro Para Servos

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011 JESUS C. 'FONTE DE ÁGUA VIVA'

Retiro de Porta Alegre
Clique e Veja as Fotos.
Abraços Deus Abençoe.

Vocabulário religioso

terça-feira, 6 de dezembro de 2011 Diego Tales

É muito comum nos enganarmos ao utilizarmos certas palavras, em particular quando falamos em público, e em nosso caso na Igreja, nas pregações ou quando ministramos momentos de oração. Se o vocabulário no dia-a-dia é difícil, os termos religiosos também nos colocam dificuldades, por isto precisamos estar “afiados”, ampliando o nosso conhecimento. Diante do grande número de palavras e expressões peculiares à religião, a nossa dificuldade está no hábito de ouvi-las ou lê-las e supor que as entendemos ou então nos fazemos indiferentes ao seu inteiro significado.
Um dos obstáculos está na falta, entre os leigos e parte do clero, do conhecimento do grego e do latim, línguas que deram origem a inúmeras palavras em várias áreas do conhecimento humano e em particular, na Igreja. Nos colégios católicos e nos seminários o estudo dessas línguas era obrigatório até a poucas décadas atrás, mas foi deixado de lado, lamentavelmente. A Bíblia, muitos sabem disto, foi escrita em grego e depois traduzida para o latim, daí a necessidade de se conhecer ambas para melhor entender a origem, a evolução histórica e o significado de inúmeras palavras que ouvimos nas homilias, ou encontramos nos textos e livros religiosos.
Palavras como ambão, credência, turíbulo, âmbula, pala, corporal, por exemplo, são de domínio dos sacerdotes, dos ministros extraordinários da Eucaristia e muitos leigos mais ligados à liturgia, mas não para o povo. Vocábulos como anáfora, anamnese, doxologia, embolismo, epiclese, (todas estas com sua origem na língua grega) têm seu significado pleno pouco conhecido mesmo entre leigos afeitos à liturgia.
Observando isto coloco algumas destas palavras pouco conhecidas, sem o propósito de erudição, mas como estímulo e auxílio à compreensão do vocabulário religioso católico, palavras de difícil localização até mesmo nos dicionários especializados - nem sempre ao alcance de todos os fiéis.
Vejamos então, os vocábulos acima citados, a começar da mais complexa:
Anáfora – grego, repetição de palavra ou palavras. A grande oração Eucarística compreendendo:
1. a oração de ação de graças, o Prefácio (Na verdade é justo e necessário, é nosso dever dar-vos graças...) e o louvor a Deus três vezes Santo;
2. a Epiclese, em que se pede ao Pai que envie o Espírito Santo para tornar o pão e vinho em Corpo e Sangue de Jesus Cristo (...santificai as oferendas que vos apresentamos...);
3. relato da Instituição (na noite em que ia ser entregue, Ele tomou o cálice...);
4. a Anamnese, a memória da Paixão, Ressurreição e volta gloriosa de Cristo Jesus (Celebrando agora a memória de vosso Filho...);
5. Intercessões, em que a Igreja exprime a Eucaristia sendo celebrada em comunhão com toda a Igreja do céu e da terra, com os pastores da Igreja, o Papa e os Bispos do mundo inteiro.
Nota: na medicina a anamnese, é o histórico, tudo o que o paciente se recorda desde o início dos sintomas de uma doença e que permite ao profissional chegar ao diagnóstico final.

Doxologia –
grego, doxa, glória, fama, esplendor; doxazein, glorificar a Deus. Breve oração de ação de graças, louvor e glorificação; fórmula de benção que encerra cada uma das cinco partes dos Salmos.
A pequena doxologia: a oração ‘Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo’;
doxologia final: o ”Vosso é o reino, o poder e a glória...”, que o povo responde logo após a oração privativa do celebrante livrai-nos de todos os males, ó Pai... – o embolismo do Pai Nosso;.
A grande Doxologia: encontra-se na celebração do Natal: “Glória a Deus no mais Alto dos céus...” (Mt 2,14) e também no louvor que conclui a Oração Eucarística: “Por Cristo, com Cristo...”.
Embolismo – grego, derivado de emballein, colocar em, inserir, intercalar, adicionar; a palavra se aplica a duas áreas:
1. Na linguagem eclesial, na Missa: na Oração Eucarística, entre a Oração do Pai Nosso e a Fração do Pão, é o desdobramento, ou desenvolvimento, do último pedido do Pai Nosso, privativo do celebrante: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz ..., ou seja, uma oração de libertação do poder do mal.
2. no Calendário: o termo indica a diferença dos dias entre o ano lunar de 354 dias e o ano solar de 365.2922 dias; no ciclo lunar Alexandrino de 19 anos, adicionou-se sete meses, um a cada 2º, 5º, 8º, 11º,13º, 16º, 19º ano (embolístico), cada ano embolístico tendo 13 meses lunares, ou 384 dias, conforme o ano judaico. O ano embolístico era determinado pelo sinédrio judaico, não por análise astronômica, mas de maneira irregular segundo as estações do ano e suas variações.
Nota: No aspecto ltúrgico o Embolismo pode datar dos primeiros séculos, sob várias formas, encontradas na sua maioria nas igrejas orientais, particularmente na liturgia da Igreja Síria; as liturgias gregas de S. Basílio e S. João Crisóstomo, contudo, não a contêm. A Igreja Romana fazia ligação a uma petição de Paz na qual inseria os nomes da Mãe de Deus, S. Pedro, S. Paulo e S. André (encontrado no Sacramentário Gelasiano); durante a Idade Média as ordens religiosas e igrejas provinciais adicionavam os nomes de seus patronos, santos e fundadores, a critério do celebrante.
É interessante notar que outras palavras tão comuns na Igreja há duas ou três décadas, caíram em desuso, mas sendo muito ricas precisam ser relembradas e transmitidas. Campanário, p. ex., é algo que encontramos em muitas igrejas, nos templos católicos, e os mais jovens não sabem o que precisamente é, o que contém e a que se destina:
Campanário – A alta torre, originalmente construída anexa às igrejas, onde se colocam os sinos. O nome da província italiana de Campânia deu origem à palavra e se incorporou à linguagem religiosa como sinônimo de “sinos”. Atribui-se a S. Paulo de Nola, no ano 400, e ao Papa Sabino (604-606), serem os primeiros a utilizarem os sinos para chamar os fiéis para as celebrações; no séc. VI os monges do Monte Cassino (fundado por S. Bento) passaram a produzir as “campanas”, nome para qualquer sino de bronze fundido com propósitos religiosos. Por muito tempo ss sinos eram abençoados e ungidos, ou “batizados”, com nomes de santos e seus doadores eram considerados padrinhos e madrinhas.
Curiosidade: a famosa torre inclinada em Piza na Itália, foi originalmente construída para ser o grande campanário da Catedral dessa cidade.
E das vestes litúrgicas como amito, burel, cíngulo e manípulo, quem ainda se lembra?
Amito – latim, amictus, pequena manta. Nos paramentos a veste de formato quadrado ou oblongo, de linho, que cobre os ombros do sacerdote, usado sob a alva e a casula, originalmente para protege-los do contato com a pele e na atualidade para cobrir a gola da camisa comum, ou outra veste. Originalmente o amito cobria também a cabeça do sacerdote.
Burel - Termo que designava o hábito feito de tecido rústico, grosseiro, dos monges e dos primeiros franciscanos.
Cíngulo – latim, cingulum, cintura. O cordão com o qual o sacerdote aperta a alva na cintura e que os padres e bispos usam-no, mas não os diáconos; seu uso foi aprovado desde o séc. IX e seu caráter litúrgico aparece nas orações ao colocá-lo: Cinge-me, ó Senhor, com o cinto da pureza, e simboliza a vigilância espiritual. Até o final da Idade Média era feito com fitas de seda com aplicações e bordados e hoje é simples, feito de tecido de algodão ou seda e deve ser abençoado para o seu uso. Algumas ordens religiosas recebem uma benção especial e em circunstâncias especiais como a do Cordão de S. Francisco e o cíngulo de Santo Agostinho, indulgenciados pela Igreja por indicar profissão de fidelidade e compromisso a um Instituto particular.
Manípulo – latim, do radical manus, mão. Acessório dos paramentos, feito do mesmo tecido e cor da casula e colocado sobre o braço do celebrante, usado de forma secundária para enxugar o suor do rosto e, por isso, era conhecido também como sudário, suor. (Não se deve confundi-lo com o manustérgio, toalha em que o sacerdote celebrante enxuga as mãos, após purificá-las, no rito do Ofertório da Santa Missa).
E se alguém nos perguntasse onde poderia encontrar paralipômenos, o que responderíamos? Quem respondeu “na farmácia de manipulação” errou, mas quem afirmou “Na Bíblia, no Antigo Testamento” acertou, pois este é o nome grego dado ao Livro das Crônicas (1º e 2º). Esta palavra complicada significa “coisas deixadas de lado” posto que no texto hebraico este Livro é considerado como um suplemento aos Livros de Samuel e Reis.
Merecem nossa atenção duas palavras aplicadas à Virgem Maria que aparecem em sua forma original grega, Parthenos e Theótokos. Vejamos o que significam:
Parthenos – virgem. Na versão grega dos Setenta corresponde à tradução da palavra hebraica almah, jovem, moça (do oráculo profético de Isaías 7,14, “a virgem conceberá”) e que a Tradição cristã antiga aplicou à Maria, mãe de Jesus;
Theótokos – Mãe de Deus. Título teológico concedido à Mãe de Jesus.
Finalizando, dirijo-me aos irmãos e irmãs da RCC em especial, para falar de uma palavra grega pouco conhecida no Ocidente: yourodivye ou “loucos-em-Cristo”, aplicada na Igreja oriental, Ortodoxa, aos seus santos carismáticos, os que viveram intensamente como portadores da graça de Deus, como São Calínico de Cernica (+1868), S. Joanico (+1944) e o “velho” Jorge (+1918). (A Promessa do Pai, Henryk Paprocki, p. 108).
Fica o convite a todos para explorarem de modo incansável o inestimável tesouro do extenso vocabulário religioso cristão.

LICIO NEPOMUCENO
licios@gmail.com

Bibliografia:
PAPROCKI, HENRYK. A Promessa do Pai – A experiência do Espírito Santo na Igreja ortodoxa. São Paulo: Edições Paulinas, 1993.
NEPOMUCENO, LICIO – Religicionário – Dicionário compreensivo de Termos Religiosos. Ainda não publicado.

A armadura de Deus: Orar no Espírito

sábado, 3 de dezembro de 2011 Diego Tales

Como estudamos na Carta de São Paulo aos Efésios e especificamente no capítulo 6,10-18, somos guiados e instruídos por alguns conselhos espirituais para que possamos resistir aos ataques do inimigo que procura destruir as almas eternas de todos os homens e mulheres. São Paulo, nesta passagem clara e sucinta das Sagradas Escrituras, que chegou até nós através dos tempos, apresenta um ensinamento claro e eficaz ao qual devemos aderir. Lembrando-nos de que devemos, em primeiro lugar, buscar nossa força no Senhor e em seu poder (EF 6,10), São Paulo passa a relacionar as peças da armadura que um soldado romano usava para defender-se e também para atacar o inimigo, e os usa simbolicamente para nos ensinar como devemos usar a armadura espiritual que Deus nos deu para nos defender e derrotar o inimigo.

São Paulo então conclui com uma exortação à oração: “Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. Através do derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e da promessa de que “A promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (Atos 2,39), podemos fortalecer-nos no Espírito Santo e usar os dons que Ele deu à Igreja, especialmente o dom da oração em línguas, como um meio para combater os ataques de Satanás e seus demônios, dos principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso” (Ef 6,12).

A oração é uma arma poderosa em nosso arsenal espiritual, mantendo-nos firmemente enraizados na única fonte de poder disponível para nós, ou seja, Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, nosso Salvador e Redentor; Aquele que derrotou Satanás e todos os seus domínios. Assim, São Paulo nos exorta a usar orações e petições de todo tipo.

Comecemos com este dom surpreendente de oração que flui para nós através da ação do Espírito Santo — o dom da oração no Espírito. Nele, ignoramos nossa própria inteligência e conhecimento, entrando em uma profunda união com o coração e a mente de Deus. Nesta forma de oração, estamos literalmente tocando na perfeição da oração que fortalece e edifica a alma daquele que está rezando. “Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo”. (1 Cor 14,4)

Todos nós, às vezes, sentimos dificuldade em orar. Nossa linguagem e intelecto humanos falham em expressar o gemido de nossas almas, especialmente em tempos de grande provação, dor, sofrimento ou ataques espirituais. O inimigo, procura confundir a alma para semear sementes de dúvida e até de desespero. Rapidamente ficamos sem palavras em nosso próprio idioma, mas ao usar o carisma de línguas, a alma abandona-se ao coração de Deus e o próprio Senhor forma os gemidos que saem de nossa boca como se fosse uma linguagem oculta expressando Sua oração mais perfeita nas situações que enfrentamos.

São Paulo nos exorta a “rezar constantemente”, a perseverar na oração. Mais uma vez, em nossa condição humana, desistimos facilmente de orar, muitas vezes orando no Espírito por apenas alguns minutos ou até menos, alguns poucos segundos.
Muitos de nós só usamos este carisma quando estamos em uma reunião de oração pública, raramente usando-o, se usamos, em nossa oração pessoal ou ao longo do dia. Deus nos deu esse dom, não apenas para nossa edificação pessoal, mas também como um meio de intercessão.

Deus, que conhece cada necessidade, nos convida a participar na obra da salvação. Perante as necessidades esmagadoras do mundo, seríamos esmagados pela enormidade da batalha que está ocorrendo à nossa volta.

No entanto, usando este dom de línguas, nossa oração no Espírito transcende o natural e une-se ao Deus Todo-Poderoso e Seu desejo pelo mundo.

Portanto, cultivemos novamente este dom de línguas, rezando no Espírito durante o dia, mantendo-nos sempre em união com o Espírito Santo e Sua obra de construir o corpo de Cristo, a Igreja.

Cada vez mais, até mesmo dentro da Renovação Carismática Católica, o uso dos carismas tem diminuído em algumas áreas ao ponto de não ouvir-se mais a manifestação do dom de línguas. Seria uma tragédia se, mais uma vez, permitíssemos que estes dons morressem na vida da Igreja. Eles nunca serão totalmente extintos, mas o Espírito Santo tem sido derramado sobre nós nesta grande renovação que tem se espalhado no mundo e que nos foi dada por Deus, especificamente para estes tempos graves e perigosos em que vivemos.

Não devemos considerá-los sem seriedade ou colocá-los de lado, como se fossem supérfluos, em nossos relacionamentos com Deus. Até São Timóteo foi chamado a “reavivar a chama do Dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2 Tim 1, 6). Nós também devemos reavivar a chama do dom de Deus, em um zelo e desejo ardente para que os dons de Deus sejam renovados em nós a fim de podermos cumprir os planos de Deus para nós e para Sua Igreja nesta era.
Alguns considerariam o dom de línguas como o menor entre os dons, mas São Paulo deseja que todos falemos em línguas (1Cor 14,5).

Ele afirma: “Graças a Deus que possuo o dom de línguas superior a todos vós” (1 Cor 14,18).

Se permitimos que este dom tenha diminuído em nossa vida de oração pessoal, arrependamo-nos e manifestemos este dom diariamente, usando-o como uma arma poderosa contra as táticas do inimigo.

Para aqueles que nunca usaram este dom ou sentem que Deus não lhes deus este dom, você poderia perguntar: “Como receber este dom da oração?” Basta pedir, conforme Cristo nos instruiu em Lucas 11,10-13.

Coloque seu coração nos dons espirituais, como Paulo nos instrui em 1 Cor 14,1. Lembre-se que, para a manifestação deste carisma, devemos fazer a parte natural e Deus faz o sobrenatural. Para orar no Espírito, temos que abrir nossas bocas e formar sons usando nossas cordas vocais.

O Espírito Santo formará então estes sons em línguas desconhecidas e conhecidas, formando uma oração perfeita à medida que colocamos nossa total confiança em Deus.

Um exemplo de Deus usando o natural sobrenaturalmente pode ser visto quando Pedro caminha sobre as águas. Jesus convida Pedro a ir até Ele sobre as águas. Pedro fisicamente sai da barca e caminha naturalmente. Cristo faz o sobrenatural, mantendo Pedro na superfície. Somente quando Pedro desvia seu olhar de Cristo é que ele começa a afundar.

Da mesma forma, nós também devemos manter nossos olhos em Jesus, formando os sons e permitindo que o Espírito Santo faça o sobrenatural.

São Paulo fala que devemos rezar usando orações e petições de todo o tipo. Concentramo-nos inicialmente no carisma de orar no Espírito. Isto não nega, absolutamente, as muitas outras formas de oração que Deus nos deu para lutar contra a ação do inimigo. A oração formal usada com atenção nós dá palavras em uma linguagem compreensível para nos ajudar a concentrar nossos pensamentos enquanto oramos.

A oração mais perfeita é o Pai Nosso, que nos dado pelo próprio Cristo Jesus em resposta a um pedido do Apóstolo: “Senhor, ensina-nos a rezar”.

O Pai Nosso inclui uma oração de libertação e proteção contra o inimigo. Satanás despreza essa oração, portanto, use-a com freqüência, pronunciando cada palavra e frase com atenção.

Naturalmente, dentro do Rosário, o Pai-Nosso precede cada dezena e Maria, que é a inimiga de Satanás, (Gen 3,15), consistentemente tem exortado seus filhos a usar o Rosário como uma arma poderosa nessa guerra espiritual. Em minha própria vida, nos momentos de grande tensão e crise, tenho me voltado para Maria, rezando o Rosário a fim de trazer paz e confiança para minha alma.

Até mesmo o ato físico, de passar conta por conta no terço, restaura a calma em nosso corpo, alma e espírito.

A Eucaristia é a fonte e o ápice da vida Cristã; a mais alta forma de oração que nos auxilia diariamente a nos mantermos fiéis e assim poder enfrentar cada ataque em nossas vidas. Jesus está verdadeiramente conosco no Corpo, Sangue, alma e Divindade. A Eucaristia é verdadeiramente um vislumbre do céu aqui na terra (Ecclesia de Eucharistia, 19). A Missa e comunhão diárias são a própria fonte de nosso pão de cada dia, o corpo de Cristo. Podemos diariamente nos aproximar de Jesus, presente no Tabernáculo ou exposto no Santíssimo Sacramento, usando a oração no Espírito para nos unir a Cristo.

Existem muitas outras orações que podemos usar nesta batalha espiritual aproveitando a riqueza da nossa herança católica: A oração para São Miguel, Lembrai-vos (Memorate), Via Sacra, Ladainhas especialmente ao Sagrado Coração de Jesus.
Deus, em seu amor por nós, equipou-nos para esta hora e lugar. Nós, assim como aqueles que vieram antes de nós, devemos continuar a lutar esta guerra pelas almas da humanidade até que Cristo retorne em glória.

Perseveremos até o final, como São Paulo fez e nos deu o exemplo: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. (1 Cor 11,1)

RCC Brasil

Preocupações exageradas

Diego Tales

Quando Jesus nos deixou esse conselho tão sábio de não nos preocuparmos antecipadamente com o futuro, Ele não estava querendo dizer que não devemos nos preparar para o dia de amanhã e fazermos planos para o futuro, mas nos aconselhava a não ficarmos ansiosos e preocupados. O fardo de amanhã, acrescentado ao fardo de ontem e carregado hoje, faz com que desperdicemos energia, fiquemos nervosos e ansiosos e nos impedirá de ver a beleza e as oportunidades que o dia de hoje nos reserva.
Outro dia estava lendo um livro e deparei-me com umas palavras de Thomas Carlyle, um escritor e historiador escocês: “O nosso principal objetivo não é ver o que se encontra vagamente à distância, mas fazer o que se acha claramente ao nosso alcance.”                                                                  
O melhor meio de nos prepararmos para o futuro é nos concentrarmos com todo o nosso entusiasmo, com toda nossa inteligência, com todo nosso empenho no trabalho, ou nas atividades que estivermos realizando hoje, para que  sejam  o melhor possível.
Lembremos sempre que tudo o que fazemos nós o fazemos sob o olhar de Deus, então procuremos fazer tudo com amor, com zelo, guardando a fé no coração, considerando cada dia de nossa vida como um presente de Deus. Deveríamos começar o dia com a oração do Pai Nosso, onde nós pedimos ao Pai só o pão de cada dia, a sua bênção, a sua proteção, a sua providência para o dia de hoje.
Lembro também de um cântico que diz: “Um dia de cada vez”, onde se pede ao Senhor para nos ajudar a viver bem esse dia, viver com o coração agradecido, vivê-lo com a sua bênção e contando com a sua força.
Lembro ainda das palavras de um outro escritor e pensador,  Robert Louis Stevenson: “Todos podem carregar o seu fardo, por mais pesado que seja, até o cair da noite. Todos podem realizar o seu trabalho, por mais árduo que seja, durante um dia.Qualquer um pode viver, doce, paciente e amorosa e puramente até o pôr-do-sol. E isso é tudo o que a vida realmente significa.”
Cada dia constitui uma vida nova para aqueles que andam com o Senhor, pois a cada dia a sua misericórdia, o seu amor e a sua providência se renovam. Digamos como o salmista: “Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade. Senhor, dai-nos a salvação; dai-nos a prosperidade, ó Senhor! “  Sal 117, 24-25. Que as palavras desse salmo e, principalmente, as palavras de Jesus nos motivem a viver cada dia de nossa vida como sendo um dia muito especial, um dia propício para celebrarmos a nossa fé em tudo que fizermos, em tudo que dissermos, em tudo o que nos acontecer.
Rcc Brasil