PARTE I
Chamo-me Albertove Manoel da  Costa, 
servo de Nosso Senhor Jesus Cristo e o que escrevo aqui é para o  
engrandecimento do Cristo Jesus e para o fortalecimento do Santo  
Evangelho.
Nasci em berço Católico e logo após o 
meu nascimento fui batizado,  alguns anos após o meu nascimento meus 
pais se tornaram evangélicos da  Congregação Cristã no Brasil, mas eu 
como fui criado com meus avós  paternos recebi toda uma educação 
católica.
A partir dos 12 anos eu  comecei a 
freqüentar os cultos de algumas igrejas evangélicas, mas sem  firmar ou 
assumir um compromisso sério, pois como meus avós eram  Católicos e eu 
permanecia fiel ao que eles me ensinavam. Participei de  algumas 
pastorais na Igreja de São Pedro Apóstolo no Setor P Sul  Ceilândia 
Distrito Federal, onde numa pastoral conheci a minha esposa,  ela tinha 
19 anos.
No mês de Dezembro de 1992 após um breve
 namoro passamos a  viver juntos, pois a família dela não permitia que 
ela se casasse  comigo. A partir desta data entreguei meus trabalhos na 
igreja e me  afastei um pouco, participava das missas mas não podia 
tomar a Santa  Comunhão o que me levou a um esfriamento espiritual.
No dia 17 de setembro de  1994 nos 
casamos no civil em Goiânia - Goiás. No mês de fevereiro de  1995 nos 
casamos no religioso na igreja Matriz de Campinas bairro de  Goiânia.
Com o passar do tempo tentamos voltar 
aos nossos trabalhos na igreja,  mas dentro de mim só tinha dúvidas, 
pois devido meus pais serem  evangélicos, muitas vezes acabava visitando
 igrejas evangélicas e  participava dos cultos.
Durante um tempo, eu e minha  esposa participamos das missas aos domingos e dos terços, pois éramos  devotos de Nossa Senhora.
Até que no dia três de  janeiro de 1998 
eu fui até um templo das ASSEMBLÉIA DE DEUS a convite de  um vizinho 
nosso que era pastor local e dirigia os trabalhos naquele  templo. Ao 
chegar lá não tive dúvidas, levantei minhas mãos e aceitei  Jesus me 
tornando evangélico, pois ele havia me convencido que todo  Católico não
 é digno de alcançar a salvação.
A princípio minha esposa não  quis ir, 
mas dois meses depois ela também aceitou e se tornou  evangélica. Fui 
batizado no mês de abril do mesmo ano, pois este pastor  falava que eu 
era escolhido por Deus para realizar a sua obra, que Deus  havia 
revelado que eu seria pastor. Pouco tempo depois comecei a pregar e  
pensava ter achado a solução para todos os meus problemas, pois algum  
tempo depois de ter me casado, eu e minha esposa nos encontramos em  
sérias dificuldades financeiras, pois  estava desempregado e nosso filho
  já estava com um ano de vida.
Eu falava comigo mesmo:  “Agora tudo 
mudou, pois encontrei a salvação, não preciso de imagens, de  adorar a 
outros deuses, não preciso mais pedir a Maria, pois ela está  morta e 
esperando pelo julgamento no juízo final. Agora Deus vai me dar  tudo”. E
 com este pensamento eu comecei a falar contra a Igreja  Católica, 
contra Maria Santíssima, e contra o Papa.
Já no ano de 2000 fui  consagrado a 
pastor evangelista. Esta consagração ocorreu no mês de  outubro no dia 
18 na Igreja Assembléia de Deus Jardim das Oliveiras na  cidade satélite
 de Samambaia-DF.
Logo comecei a dirigir  congregações e 
pensava que tudo estava solucionado, quando no mês de  dezembro de 2002 
aconteceu um episódio que ia mudar completamente o rumo  da minha vida.
PARTE  II
Desde quando me tornei evangélico eu e 
minha esposa tínhamos o  desejo de ter uma filha, pois a primeira 
gravidez veio um lindo menino,  toda vez que alguém orava por nós, 
profetizava uma menina em nossas  vidas.
No  mês de agosto de 2002 paramos de 
evitar filhos na intenção de arrumar  mais uma criança: “Esta menina que
 sempre era falada nas profecias e  revelações”. Durante um mês nós 
paramos de evitar, e passado uns dois  meses a gravidez tão esperada não
 aconteceu.
Foi quando, no dia dois de  dezembro de 
2002 pela manhã, minha esposa começou a sentir fortes dores  no 
estômago, a princípio pensávamos ser algum desarranjo intestinal, mas  a
 dor não passava e ela começou a sofrer desmaios e a vomitar.
Como não apresentava sinais  de melhora e
 já era tarde, levei-a para o hospital local, pois  morávamos em Santo 
Antônio do Descoberto - Goiás, quando este episódio  aconteceu.
Chegando ao hospital, ela ficou 
internada e no outro dia como  continuava do mesmo jeito, foi removida 
para o Hospital Regional de  Taguatinga no Distrito Federal onde foi 
diagnosticada gravidez tubária e  rompimento das trompas com forte 
hemorragia interna  e era preciso  operar.
Quando  o médico deu o diagnóstico eu não acreditei, pois ela estava normal e  não apresentava sinais de gravidez.
Era 13:20hs do dia 03 de  dezembro de 
2002 uma terça-feira, que minha esposa deu entrada no centro  cirúrgico,
 vinte minutos depois a médica falou: “Olha se você crê em  Deus pode 
fazer suas orações, pois a sua esposa está em estado de coma e  os 
médicos não podem fazer mais nada, vamos operá-la, mas não temos  
esperanças de vida”.
Saí desesperado a procura de  uma 
igreja, quando parei perto de uma loja e ali permaneci com a cabeça  
baixa e chorando, foi quando uma mulher tocou em meu ombro e me  
perguntou:
Porque você está chorando?
Olhei para aquela mulher e  pensei “deve
 ser alguma irmã evangélica ou mesmo uma missionária, pois  eles fazem 
visitas aos doentes que ficam internados”.
Ela trajava um vestido  longo todo 
branco e tinha os cabelos soltos por sobre os ombros então eu  respondi:
 a minha esposa está morrendo e eu não posso fazer nada.
Então ela me disse: “Não se  preocupe, 
pois ela não vai morrer, ela vai ficar boa”. Com aquelas  palavras eu 
senti uma paz tomar conta do meu interior e abaixei a cabeça  quando 
olhei novamente não a vi mais, então observei que um senhor me  
observava a uma certa distância, fui até ele e perguntei se ele viu para
  onde foi aquela mulher que momentos antes conversava comigo, ele me  
disse o seguinte: “Você não estava conversando com ninguém, pois eu vi  
quando você parou ali, de cabeça baixa, chorando fiquei até preocupado, 
 pois pensei que você pudesse estar se sentindo mal”.
Despedi-me dele e fui para a  casa da madrinha do meu filho.
Às 17:00hs retornei ao  hospital e falei
 com a médica que havia operado a minha esposa, tudo  havia transcorrido
 muito bem ela estava fora de perigo.
As palavras da médica foram  as 
seguintes: “Realmente foi um milagre que aconteceu, não há  explicação, 
pois ela estava quase morta e agora está se recuperando  muito bem”.
Saí dali exultando de alegria e pensei 
comigo: “foi um anjo  que falou comigo”. Três dias depois eu trazia 
minha esposa para casa,  mais ela não podia ter mais filhos e a única 
possibilidade seria após um  longo tratamento.
Muitos protestantes falavam que eu 
estava pagando o preço, que  era pecado oculto e alguns chegavam a dizer
 que Deus havia revelado que  eu estava cometendo pecado de adultério 
que eu estava vivendo em  prostituição.
Continuei meus trabalhos e quando foi no
 ano de 2003 começaram a  profetizar que meu tempo na cidade de Santo 
Antônio do Descoberto tinha  terminado e que Deus me levaria para a 
cidade de Alexania - Goiás.  Quando foi no dia 17 de fevereiro de 2004, 
nós mudamos para esta cidade.
Chegando lá procuramos pela  pastora da 
Igreja Pentecostal Missionária de Cristo que nos recebeu  muito bem, 
ficamos na igreja dela por dois meses. Já no mês de março a  minha 
esposa começou a ter queda de pressão o que me preocupou um pouco,  foi 
quando uma noite depois de fazer minhas orações fui dormir e então  eu 
tive um sonho em que aquela mesma mulher que me aparecera em  Taguatinga
 estava ali e me disse: “Sua esposa esta grávida e vai dar a  luz a uma 
menina que você tanto pediu”.
Acordei assustado e pensei  comigo: não tem como ela ficar e estar grávida, pois estamos evitando.  Não falei nada para ela.
Quinze dias depois como a  minha esposa 
continuava com a pressão muito baixa, a levei ao posto de  saúde onde o 
médico pediu um teste de gravidez que teve como resultado:  “POSITIVO” 
no mesmo instante me lembrei do sonho e comecei ficar muito  confuso, 
pois a pastora que eu estava auxiliando falava que não era  gravidez, 
que era trabalho de macumba e quando viu o resultado dos  exames, disse 
que essa criança seria uma maldição em nossas vidas,  procurei por um 
outro pastor e contei tudo inclusive o sonho então ele  me disse: “Olha 
pastor você está deixando se levar pelo diabo, cuidado”.  Fiquei muito 
abalado e confuso, mas continuei na igreja. Apenas saí da  igreja 
Pentecostal Missionária de Cristo e fui para outro Ministério que  por 
coincidência era o mesmo onde eu fui consagrado pastor.
Comecei trabalhar  evangelizando e buscando as pessoas e foi quando eu tive outro sonho.
PARTE III
Era o mês de junho de 2004 e minha 
esposa já estava  no 5º mês de gestação. A médica que a acompanhava no 
pré-natal no  hospital diagnosticou gravidez de alto risco e aconselhou 
continuar o  pré-natal no Hospital Regional de Taguatinga.
Nesta data, estava havendo a  festa de Santo Antônio de Pádua padroeiro de Olhos D’Água, povoado  distante a 10 KM de Alexania.
O nosso pastor presidente  havia 
ordenado que eu escolhesse os melhores obreiros e fosse até aquela  
festa e ali afrontasse os Católicos com evangelismo e cultos na praça  
onde era realizada a festa, já estava tudo pronto quando novamente  
sonhei com aquela mesma mulher e no sonho ela falou o seguinte:
“Porque você tira as ovelhas  do rebanho
 de Meu Filho? O coração dele está sangrando e está  transpassando de 
dor por causa destes atos, ele tem te ouvido, sua filha  virá com saúde,
 pois tenho intercedido junto a Ele por ti”.
Acordei com o rosto molhado  de lágrimas
 e falei comigo mesmo: “Vou voltar para o meu lugar, vou  voltar para a 
Igreja Católica Apostólica Romana”.
Cheguei no meu pastor e  falei tudo para
 ele, contei do sonho e falei que não iria realizar  aquele trabalho. No
 mesmo dia fomos expulsos da igreja, e nos pediram a  casa que pertencia
 à igreja.
Procurei a paróquia de  Alexânia e 
relatei todo o acontecido para a coordenadora, só não contei  dos sonhos
 e da visão que tive. Como o padre não se encontrava na  cidade, a 
coordenadora nos ajudou a retornar para Santo Antônio do  Descoberto, 
onde procurei a Igreja Católica e retornei, pois tive um  apoio muito 
grande do então coordenador da RCC local, Elmiro Barbosa que  hoje é 
padrinho da minha filha.
Graças a Deus tudo deu certo  sofri 
muitas perseguições, pois assim que os protestantes ficaram  sabendo que
 eu retornei para o Catolicismo, muitos me procuraram e  começaram a me 
ameaçar, fui até agredido fisicamente e hoje sou ameaçado  de morte. No 
dia 16 de novembro de 2004, nasceu a minha filha e para a  minha 
felicidade uma linda menina, ao qual foi registrada com o nome:  
“Andressa Vitória.”
No dia 26 de março de 2005 tive a 
felicidade de batizá-la na  solenidade da Vigília Pascal e nesta mesma 
noite eu fiz minha profissão  de fé e renovei as minhas promessas do 
batismo selando o meu retorno  para Igreja Católica Apostólica 
Romana.         
domingo, 6 de maio de 2012
Diego Tales




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