Temos observado ao longo dos anos que, quando Deus dá uma moção ao Conselho Nacional através de sua Palavra, Ele está sinalizando o caminho que quer que sigamos e também a bênção especial que tem preparada para nós. Foi assim com as passagens que falavam de portas abertas (Isaías 45, 1-3; Sofonias 3, 15-18; Apocalipse 3, 7-12) e que geraram muitos testemunhos de pessoas que viram portas de sua vida se abrirem com novas oportunidades na vida pessoal, profissional e muitos campos novos de missão. A Boa Nova para aqueles que ainda não viram portas se abrirem é que esse tempo de graças foi inaugurado, mas ainda não se encerrou. Deus é o Eterno Eu Sou, o Hoje. Nele, o passado e o futuro sempre se atualizam no agora. Nele, tudo é sempre presente e o tempo é sempre kairós.
Tem sido assim com o livro de Neemias que fomos inspirados a ler e que nos convocou a um tempo de reconstrução espiritual e construção da nossa Sede Nacional através da unidade. Não se esgotou também a profecia que recebemos em 2006: “Apressai-vos, apressai-vos filhos meus. Assumi os vossos postos, tendes muito para avançar. Serão dias em que ampliarei vossa visão, mas peço que assumais vossos postos para que o Espírito Santo possa vos conduzir”. Ainda continua válida para nós a convocação que o Senhor nos fez através da passagem do livro de Macabeus: “Levantemos nossa pátria de seu abatimento e lutemos por nosso povo e nossa religião. É fácil a um punhado de gente fazer-se respeitar por muitos; para o Deus do céu não há diferença entre a salvação de uma multidão e de um punhado de homens, porque a vitória no combate não depende do número, mas da força que desce do céu” (1Mc 3, 43.18-19).
Este ano estamos fazemos nossa caminhada iluminados pelo tema “Por causa de Tua Palavra, lançaremos as redes.” Esta passagem é retirada do Evangelho de Lucas, capítulo cinco, a passagem da pesca milagrosa, onde depois de ter pregado da barca de Pedro para o povo, Jesus lhe diz: “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar”. Pedro e seus companheiros haviam pescado a noite toda e não tinham apanhado nada. Eles sabiam pela evidência e também por sua longa experiência de pescadores que o mar não estava dando peixe naquele dia, mas entendem que Jesus lhes pede que ajam baseados na fé e não nas evidências e nem na experiência. Essa é a moção para nós. Tem uma graça especial contida nessa palavra. Jesus está nos pedindo para pescar onde parece não haver peixe, porque Ele pode trazer à existência coisas que não existem, a nossa fé nele pode fazer o invisível se tornar visível. Pela graça especial de Deus, aquilo que tentamos antes e não conseguimos pode acontecer.
O texto bíblico diz: “Faze-te ao largo, e lançai vossas redes para pescar”. Fazer-se ao largo é ir mais para o fundo. A leitura que fazemos é de deixarmos de ser rasos e superficiais na nossa fé, na nossa adesão ao Senhor e, com base na nossa confiança total e absoluta nele, voltar a pescar naquela situação que nos frustrou, voltar a sonhar os sonhos que abandonamos. Jesus nos pede uma atitude nova e nos dá uma força nova. A força nova é a graça de Deus contida nessa palavra; a atitude nova é de enfrentarmos tudo com a profundidade da fé, com profunda adesão ao que Deus tem nos pedido através das passagens bíblicas, das profecias e das moções que nos dá.
Em novembro de 2010, durante a reunião do Conselho Nacional, refletíamos que se juntarmos todas as profecias, todas as palavras rhema, todos os direcionamentos que o Senhor tem nos dado, eles podem ser resumidos em alguns princípios, a saber, o princípio da consciência de nossa identidade, o princípio do bem, o da verdade e o da partilha.
Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária Geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Secretária Geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Fonte: RCC Brasil
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