- A fortaleza pode ser entendida como característica e como virtude. No primeiro caso é um traço do carácter e do temperamento, uma realidade psicológica, que tanto serve para o bem como para o mal. Implica a segurança de si mesmo, a valentia, a firmeza de ânimo, o entusiasmo. Pode ser admirada, mas só é moralmente digna de estima ao colocar-se ao serviço do bem. É, então, uma virtude moral.
É uma virtude cardeal; à sua volta giram todas as outras. É uma modalidade perfectiva presente em todo o âmbito do agir moral; entra como constitutiva de todos os comportamentos virtuosos; sem ela não haveria vida moral. É condição necessária, embora não suficiente, de todas as virtudes e de toda a moralidade. A fortaleza aparece enumerada no núcleo das virtudes morais fundamentais em Platão (Rep. II,7) e Aristóteles (EN, 1115-1130). A sua perspectiva foi recebida e transmitida pela tradição filosófica e teológica ocidental (S. Tomás de Aquino, S. Th. Ia-IIae, q. 66, a.4; IIa-IIae, q. 123).
Como virtude moral assegura, no meio das dificuldades e obstáculos, que podem chegar a ser muito grandes, a firmeza e a constância na promoção e na prática do bem. Faz com que a pessoa domine o medo e a temeridade, nas situações de dificuldade e de perigo. Perante os males, mantém a vontade no bem; pode chegar ao sacrifício da própria vida, na defesa da causa justa.
Ao lado da fortaleza como virtude humana, está a fortaleza, dom do Espírito Santo, que a aperfeiçoa. É um dom que excede as forças da natureza humana, impele à prática das virtudes, imprime confiança invencível para superar dificuldades, proporciona energia inquebrantável para realizar o bem, destrói a mediocridade para suportar as piores tribulações, capacita para o heroísmo. O martírio é a sua forma mais elevada.
A fortaleza exprime-se em dupla acção: no acometer ou empreender, ao procurar positivamente o bem; e no resistir, ao não retroceder, mesmo com graves sacrifícios, na sua prossecução.
Apresento aqui em primeiro lugar as duas vertentes complementares: a virtude humana e o dom do Espírito (Willem J. Eijk). Depois, destaco como a fortaleza é entendida no Antigo Testamento: um atributo de Deus que o manifesta ao intervir na história dos homens (Adalbert Rebic). Por seu lado, o homem sendo fraco, é fortalecido por Deus.
É em virtude da fortaleza que se viveu e vive de modo heróico, às vezes até à entrega da própria vida, no testemunho supremo do martírio.
A referência à virtude e ao dom da fortaleza é recorrente na liturgia. A unção com óleo é o sinal sacramental que nos revela o dom do Espírito de aos fiéis;
A fortaleza no âmbito secular foi vivido de modos diferentes, consoante os tempos e as culturas. Nalguns casos há uma alteração significativa; por exemplo, antes exaltava-se a fortaleza do guerreiro, agora a do lutador não violento e do pacifista. Personalidades como Gandhi e Luther King, testemunhos na Argélia, no Ruanda e na ex-Jugoslávia, organizações como a Pax Christi e a Amnistia Internacional são disso exemplo.
O âmbito da virtude da fortaleza é, actualmente, entre outros, o empenhamento na construção de um mundo mais humano, nomeadamente na resistência a situações de injustiça e escravidão.
É uma virtude cardeal; à sua volta giram todas as outras. É uma modalidade perfectiva presente em todo o âmbito do agir moral; entra como constitutiva de todos os comportamentos virtuosos; sem ela não haveria vida moral. É condição necessária, embora não suficiente, de todas as virtudes e de toda a moralidade. A fortaleza aparece enumerada no núcleo das virtudes morais fundamentais em Platão (Rep. II,7) e Aristóteles (EN, 1115-1130). A sua perspectiva foi recebida e transmitida pela tradição filosófica e teológica ocidental (S. Tomás de Aquino, S. Th. Ia-IIae, q. 66, a.4; IIa-IIae, q. 123).
Como virtude moral assegura, no meio das dificuldades e obstáculos, que podem chegar a ser muito grandes, a firmeza e a constância na promoção e na prática do bem. Faz com que a pessoa domine o medo e a temeridade, nas situações de dificuldade e de perigo. Perante os males, mantém a vontade no bem; pode chegar ao sacrifício da própria vida, na defesa da causa justa.
Ao lado da fortaleza como virtude humana, está a fortaleza, dom do Espírito Santo, que a aperfeiçoa. É um dom que excede as forças da natureza humana, impele à prática das virtudes, imprime confiança invencível para superar dificuldades, proporciona energia inquebrantável para realizar o bem, destrói a mediocridade para suportar as piores tribulações, capacita para o heroísmo. O martírio é a sua forma mais elevada.
A fortaleza exprime-se em dupla acção: no acometer ou empreender, ao procurar positivamente o bem; e no resistir, ao não retroceder, mesmo com graves sacrifícios, na sua prossecução.
Apresento aqui em primeiro lugar as duas vertentes complementares: a virtude humana e o dom do Espírito (Willem J. Eijk). Depois, destaco como a fortaleza é entendida no Antigo Testamento: um atributo de Deus que o manifesta ao intervir na história dos homens (Adalbert Rebic). Por seu lado, o homem sendo fraco, é fortalecido por Deus.
É em virtude da fortaleza que se viveu e vive de modo heróico, às vezes até à entrega da própria vida, no testemunho supremo do martírio.
A referência à virtude e ao dom da fortaleza é recorrente na liturgia. A unção com óleo é o sinal sacramental que nos revela o dom do Espírito de aos fiéis;
A fortaleza no âmbito secular foi vivido de modos diferentes, consoante os tempos e as culturas. Nalguns casos há uma alteração significativa; por exemplo, antes exaltava-se a fortaleza do guerreiro, agora a do lutador não violento e do pacifista. Personalidades como Gandhi e Luther King, testemunhos na Argélia, no Ruanda e na ex-Jugoslávia, organizações como a Pax Christi e a Amnistia Internacional são disso exemplo.
O âmbito da virtude da fortaleza é, actualmente, entre outros, o empenhamento na construção de um mundo mais humano, nomeadamente na resistência a situações de injustiça e escravidão.
Jerôniomo Trigo
Juan Ambrósio
site: revistacomunio
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