O fim do mundo

sexta-feira, 16 de novembro de 2012 Diego Tales


Não é brincadeira! O mundo vai acabar! Com toda certeza, um dia Deus será tudo em todos, as coisas antigas passarão, contemplaremos o Filho do Homem vir nas nuvens com grande poder e glória (Mc 13,26). Mas... "quanto àquele dia, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai" (Mc 13,24-32).

É da segunda carta de São Pedro a recomendação: "O que esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz. Considerai também como salvação a paciência de nosso Senhor" (2 Pd 3,12-15). Aliás, já vivemos no fim dos tempos, desde que veio o Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Inaugurou-se, pela bondade de Deus, o tempo novo. Somos por ele chamados a viver nesta terra antecipando e apressando o dia de Deus (cf. 2 Pd 3,12).

Logo, nenhuma preocupação com o fim do mundo, mas muita ocupação em viver neste mundo com justiça e piedade. Quando se completar a obra, esta chegará ao seu término, será completa, chegará ao fim! Vale a pena buscar um roteiro de viagem para a caminhada nesta terra, ocupando-nos com o que constrói desde já o Reino de Deus, no qual também os seus filhos reinarão.

Temos uma virtude, que é dom de Deus recebido de presente no Batismo, a esperança, que nos dá a certeza de não estarmos num beco sem saída. Não fomos jogados neste mundo, como obra do acaso! Temos nome diante a face de Deus, somos reconhecidos e tratados como filhos e destinados à felicidade. O Pai do Céu fez este mundo como paraíso para suas criaturas, e é nossa missão lutar para que ele seja assim e para todos. Daí, faz parte da missão do cristão reconstruir, consertar, tomar iniciativa, espalhar o bem, semear por acreditar na colheita, não só aquela do final dos tempos, mas as muitas e sucessivas florações do jardim de Deus em torno a nós. Em qualquer etapa da viagem, a meta é certa!

Não perder tempo, mas preencher com amor a Deus e ao próximo cada instante da existência. Quem chega ao fim de um dia maravilhosamente cansado, depois de ter feito o bem, será feliz e realizado. Nem terá tempo para medo de escuridão ou dos inexistentes fantasmas que podem povoar a "louca da casa", a imaginação. Não terá medo da morte, pois sabe que ela um dia chegará no melhor momento da existência de cada pessoa. É que Deus, sendo Amor, colherá  a flor da vida de cada filho ou filha no tempo certo, pois para ele um dia é como mil anos e mil anos como um dia (Sl 89,4). Ninguém na ociosidade! Não perder tempo!

Ao longo da estrada, há sinais oferecidos por Deus, mostrando o rumo da viagem. Pode ser o irmão caído beira do caminho, um grito que pede atenção. Ali, há que descer da montaria de nosso orgulho ou falta de tempo, derramando o óleo e o vinho do afeto (Cf. Lc 10,30-37), dando o que pudermos para que aquele que caiu seja confiado à "estalagem" chamada Igreja, a quem cabe cuidar da humanidade até o Senhor voltar!

Muitas vezes será a palavra anunciada, "oportuna e inoportunamente" (2 Tm 4,2), cujo som ecoa e chega ao ouvido e ao coração. Até o Senhor voltar, sinal será a comunidade que participa da Eucaristia, enquanto espera sua vinda, clamando quotidianamente "Vem, Senhor Jesus". Na Eucaristia, torna-se presente o sacrifício de Cristo, sua Morte e Ressurreição. Mesa preparada, irmãos acolhidos, Céu que se antecipa e nos faz missionários! Acolher a todos e fazer crescer a Igreja.

Quem escolhe o seguimento de Jesus Cristo prestará atenção nos "sinais dos tempos", aprendendo com as lições de sua história pessoal e dos acontecimentos. Para dar um exemplo, ao ler ou ouvir as notícias diárias de crises, crimes ou desastres, saberá ir além dos sustos ou escândalos. Ao invés de achar que o fim do mundo está chegando, porá mãos à obra, buscando todos os meios para que o dia de amanhã seja melhor do que hoje. Será sua tarefa ir além das eventuais emoções oferecidas pelos acontecimentos, para edificar com serenidade e firmeza o futuro. Se para tanto haveremos sempre de contar com a graça de Deus, que ninguém se esqueça de que, após a criação do mundo, o cuidado com tudo o que era "muito bom" (Cf. Gn 1,1-31) foi entregue ao homem e a mulher. Responsabilidade!

Mais ainda! Quem olha ao seu redor, verá que a viagem se faz em comunhão com outras pessoas. Ninguém tem todos os dons e todas as capacidades. O apóstolo São Paulo já ensinava, comparando com o corpo a vida da Igreja (Cf. 1 Cor 12,1-31) o jeito de partilhar com os outros na aventura da existência nesta terra. Enquanto caminhamos, é bom aprender as leis da eternidade, onde Deus será tudo em todos. Partilhar os dons e os bens,  superar a ganância e aproveitar todas as ocasiões para estar com os outros, construindo um mundo de irmãos. Na eternidade, não haverá luto, nem dor, egoísmo ou tristeza! É bom antecipá-la!

Assim, ouvir a Igreja que fala do fim dos tempos, será uma positiva provocação a todos os cristãos. Atenção aos avisos de trânsito na estrada do Reino definitivo: "A meta é certa!"; "Não perder tempo!";
"Acolher a todos e fazer crescer a Igreja!"; "Responsabilidade!"; "Antecipar os valores da eternidade!" Poderemos então rezar confiantes: "Senhor nosso Deus, fazei que nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas". Amém! Maranatha! Vem, Senhor Jesus! Amém!


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástio da RCCBRASIL

Mensagem do Papa para a JMJ Rio2013

Diego Tales


MENSAGEM
Para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude
no Rio de Janeiro, em julho de 2013
16 de novembro de 2012



"Ide e fazei discípulos entre as nações!" (cf. Mt 28,19)

Queridos jovens,

Desejo fazer chegar a todos vós minha saudação cheia de alegria e afeto. Tenho a certeza que muitos de vós regressastes a casa da Jornada Mundial da Juventude em Madri mais «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2,7). Este ano, inspirados pelo tema: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fil 4,4) celebramos a alegria de ser cristãos nas várias Dioceses. E agora estamo-nos preparando para a próxima Jornada Mundial, que será celebrada no Rio de Janeiro, Brasil, em julho de 2013.

Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.

Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: "Ide e fazei discípulos entre as nações" (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.

1. Uma chamada urgente

A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo. Mas penso também em tantos de vós que se dedicam generosamente à missão da Igreja: disto mesmo tive um testemunho surpreendente na Jornada Mundial de Madri, em particular na reunião com os voluntários.

Hoje, não poucos jovens duvidam profundamente que a vida seja um bem, e não veem com clareza o próprio caminho. De um modo geral, diante das dificuldades do mundo contemporâneo, muitos se perguntam: E eu, que posso fazer? A luz da fé ilumina esta escuridão, nos fazendo compreender que toda existência tem um valor inestimável, porque é fruto do amor de Deus. Ele ama mesmo quem se distanciou ou esqueceu d’Ele: tem paciência e espera; mais que isso, deu o seu Filho, morto e ressuscitado, para nos libertar radicalmente do mal. E Cristo enviou os seus discípulos para levar a todos os povos este alegre anúncio de salvação e de vida nova.

A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos jovens da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos jovens e às jovens do mundo inteiro uma Mensagem que começava com estas palavras: «É a vós, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem, pois sereis vós a recolher o facho das mãos dos vossos antepassados e a viver no mundo no momento das mais gigantescas transformações da sua história, sois vós quem, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento dos vossos pais e mestres, ides constituir a sociedade de amanhã: salvar-vos-eis ou perecereis com ela». E concluía com um apelo: «Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!» (Mensagem aos jovens, 8 de dezembro de 1965).

Queridos amigos, este convite é extremamente atual. Estamos passando por um período histórico muito particular: o progresso técnico nos deu oportunidades inéditas de interação entre os homens e entre os povos, mas a globalização destas relações só será positiva e fará crescer o mundo em humanidade se estiver fundada não sobre o materialismo mas sobre o amor, a única realidade capaz de encher o coração de cada um e unir as pessoas. Deus é amor. O homem que esquece Deus fica sem esperança e se torna incapaz de amar seu semelhante. Por isso é urgente testemunhar a presença de Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a salvação da humanidade, a salvação de cada um de nós. Qualquer pessoa que entenda essa necessidade, não poderá deixar de exclamar com São Paulo: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho» (1 Cor 9,16).

2. Tornai-vos discípulos de Cristo

Esta chamada missionária vos é dirigida também por outro motivo: é necessário para o nosso caminho de fé pessoal. O Beato João Paulo II escrevia: «É dando a fé que ela se fortalece» (Encíclica Redemptoris missio, 2). Ao anunciar o Evangelho, vós mesmos cresceis em um enraizamento cada vez mais profundo em Cristo, vos tornais cristãos maduros. O compromisso missionário é uma dimensão essencial da fé: não se crê verdadeiramente, se não se evangeliza. E o anúncio do Evangelho não pode ser senão consequência da alegria de ter encontrado Cristo e ter descoberto n’Ele a rocha sobre a qual construir a própria existência. Comprometendo-vos no serviço aos demais e no anúncio do Evangelho, a vossa vida, muitas vezes fragmentada entre tantas atividades diversas, encontrará no Senhor a sua unidade; construir-vos-eis também a vós mesmos; crescereis e amadurecereis em humanidade.

Mas, que significa ser missionário? Significa acima de tudo ser discípulo de Cristo e ouvir sem cessar o convite a segui-Lo, o convite a fixar o olhar n’Ele: «Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). O discípulo, de fato, é uma pessoa que se põe à escuta da Palavra de Jesus (cf. Lc 10,39), a quem reconhece como o Mestre que nos amou até o dom de sua vida. Trata-se, portanto, de cada um de vós deixar-se plasmar diariamente pela Palavra de Deus: ela vos transformará em amigos do Senhor Jesus, capazes de fazer outros jovens entrar nesta mesma amizade com Ele.

Aconselho-vos a guardar na memória os dons recebidos de Deus, para poder transmiti-los ao vosso redor.Aprendei a reler a vossa história pessoal, tomai consciência também do maravilhoso legado recebido das gerações que vos precederam: tantos cristãos nos transmitiram a fé com coragem, enfrentando obstáculos e incompreensões. Não o esqueçamos jamais! Fazemos parte de uma longa cadeia de homens e mulheres que nos transmitiram a verdade da fé e contam conosco para que outros a recebam. Ser missionário pressupõe o conhecimento deste patrimônio recebido que é a fé da Igreja: é necessário conhecer aquilo em que se crê, para podê-lo anunciar. Como escrevi na introdução do YouCat, o Catecismo para jovens que vos entreguei no Encontro Mundial de Madri, «tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em informática domina o sistema operacional de um computador. Tendes de compreendê-la como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação» (Prefácio).

3. Ide!

Jesus enviou os seus discípulos em missão com este mandato: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo» (Mc 16,15-16). Evangelizar significa levar aos outros a Boa Nova da salvação, e esta Boa Nova é uma pessoa: Jesus CristoQuando O encontro, quando descubro até que ponto sou amado por Deus e salvo por Ele, nasce em mim não apenas o desejo, mas a necessidade de fazê-lo conhecido pelos demais. No início do Evangelho de João, vemos como André, depois de ter encontrado Jesus, se apressa em conduzir a Ele seu irmão Simão (cf. 1,40-42). A evangelização sempre parte do encontro com o Senhor Jesus: quem se aproximou d’Ele e experimentou o seu amor, quer logo partilhar a beleza desse encontro e a alegria que nasce dessa amizade. Quanto mais conhecemos a Cristo, tanto mais queremos anunciá-lo. Quanto mais falamos com Ele, tanto mais queremos falar d’Ele. Quanto mais somos conquistados por Ele, tanto mais desejamos levar outras pessoas para Ele.

Pelo Batismo, que nos gera para a vida nova, o Espírito Santo vem habitar em nós e inflama a nossa mente e o nosso coração: é Ele que nos guia para conhecer a Deus e entrar em uma amizade sempre mais profunda com Cristo. É o Espírito que nos impulsiona a fazer o bem, servindo os outros com o dom de nós mesmos. Depois, através do sacramento da Confirmação, somos fortalecidos pelos seus dons, para testemunhar de modo sempre mais maduro o Evangelho. Assim, o Espírito de amor é a alma da missão: Ele nos impele a sair de nós mesmos para «ir» e evangelizar. Queridos jovens, deixai-vos conduzir pela força do amor de Deus, deixai que este amor vença a tendência de fechar-se no próprio mundo, nos próprios problemas, nos próprios hábitos; tende a coragem de «sair» de vós mesmos para «ir» ao encontro dos outros e guiá-los ao encontro de Deus.

4. Alcançai todos os povos


Cristo ressuscitado enviou os seus discípulos para dar testemunho de sua presença salvífica a todos os povos, porque Deus, no seu amor superabundante, quer que todos sejam salvos e ninguém se perca. Com o sacrifício de amor na Cruz, Jesus abriu o caminho para que todo homem e toda mulher possa conhecer a Deus e entrar em comunhão de amor com Ele. E constituiu uma comunidade de discípulos para levar o anúncio salvífico do Evangelho até os confins da terra, a fim de alcançar os homens e as mulheres de todos os lugares e de todos os tempos. Façamos nosso esse desejo de Deus!

Queridos amigos, estendei o olhar e vede ao vosso redor: tantos jovens perderam o sentido da sua existência. Ide! Cristo precisa de também de vós. Deixai-vos envolver pelo seu amor, sede instrumentos desse amor imenso, para que alcance a todos, especialmente aos «afastados». Alguns encontram-se geograficamente distantes, enquanto outros estão longe porque a sua cultura não dá espaço para Deus; alguns ainda não acolheram o Evangelho pessoalmente, enquanto outros, apesar de o terem recebido, vivem como se Deus não existisse. A todos abramos a porta do nosso coração; procuremos entrar em diálogo com simplicidade e respeito: este diálogo, se vivido com uma amizade verdadeira, dará seus frutos. Os «povos», aos quais somos enviados, não são apenas os outros Países do mundo, mas também os diversos âmbitos de vida: as famílias, os bairros, os ambientes de estudo ou de trabalho, os grupos de amigos e os locais de lazer. O jubiloso anúncio do Evangelho se destina a todos os âmbitos da nossa vida, sem exceção.

Gostaria de destacar dois campos, nos quais deve fazer-se ainda mais solícito o vosso empenho missionário. O primeiro é o das comunicações sociaisem particular o mundo da internet. Como tive já oportunidade de dizer-vos, queridos jovens, «senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida! [...] A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”» (Mensagem para o XLIII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de maio de 2009). Aprendei, portanto, a usar com sabedoria este meio, levando em conta também os perigos que ele traz consigo, particularmente o risco da dependência, de confundir o mundo real com o virtual, de substituir o encontro e o diálogo direto com as pessoas por contatos na rede.

O segundo campo é o da mobilidade. Hoje são sempre mais numerosos os jovens que viajam, seja por motivos de estudo ou de trabalho, seja por diversão. Mas penso também em todos os movimentos migratórios, que levam milhões de pessoas, frequentemente jovens, a se transferir e mudar de Região ou País, por razões econômicas ou sociais. Também estes fenômenos podem se tornar ocasiões providenciais para a difusão do Evangelho.Queridos jovens, não tenhais medo de testemunhar a vossa fé também nesses contextos: para aqueles com quem vos deparareis, é um dom precioso a comunicação da alegria do encontro com Cristo.

5. Fazei discípulos!

Penso que já várias vezes experimentastes a dificuldade de envolver os jovens da vossa idade na experiência da fé. Frequentemente tereis constatado que em muitos deles, especialmente em certas fases do caminho da vida, existe o desejo de conhecer a Cristo e viver os valores do Evangelho, mas tal desejo é acompanhado pela sensação de ser inadequados e incapazes. Que fazer? Em primeiro lugar, a vossa solicitude e a simplicidade do vosso testemunho serão um canal através do qual Deus poderá tocar seu coração. 

O anúncio de Cristo não passa somente através das palavras, mas deve envolver toda a vida e traduzir-se em gestos de amor. A ação de evangelizar nasce do amor que Cristo infundiu em nós; por isso, o nosso amor deve conformar-se sempre mais ao d’Ele. Como o bom Samaritano, devemos manter-nos solidários com quem encontramos, sabendo escutar, compreender e ajudar, para conduzir, quem procura a verdade e o sentido da vida, à casa de Deus que é a Igreja, onde há esperança e salvação (cf. Lc 10,29-37). 

Queridos amigos, nunca esqueçais que o primeiro ato de amor que podeis fazer ao próximo é partilhar a fonte da nossa esperança: quem não dá Deus, dá muito pouco. Aos seus apóstolos, Jesus ordena: «Fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei» (Mt 28,19-20). Os meios que temos para «fazer discípulos» são principalmente o Batismo e a catequese. Isto significa que devemos conduzir as pessoas que estamos evangelizando ao encontro com Cristo vivo, particularmente na sua Palavra e nos Sacramentos: assim poderão crer n’Ele, conhecerão a Deus e viverão da sua graça. 

Gostaria que cada um de vós se perguntasse: Alguma vez tive a coragem de propor o Batismo a jovens que ainda não o receberam? Convidei alguém a seguir um caminho de descoberta da fé cristã? Queridos amigos, não tenhais medo de propor aos jovens da vossa idade o encontro com Cristo. Invocai o Espírito Santo: Ele vos guiará para entrardes sempre mais no conhecimento e no amor de Cristo, e vos tornará criativos na transmissão do Evangelho.

6. Firmes na fé

Diante das dificuldades na missão de evangelizar, às vezes sereis tentados a dizer como o profeta Jeremias: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Mas, também a vós, Deus responde: «Não digas que és muito novo; a todos a quem eu te enviar, irás» (Jr 1,6-7). Quando vos sentirdes inadequados, incapazes e frágeis para anunciar e testemunhar a fé, não tenhais medo. A evangelização não é uma iniciativa nossa nem depende primariamente dos nossos talentos, mas é uma resposta confiante e obediente à chamada de Deus, e portanto não se baseia sobre a nossa força, mas na d’Ele. Isso mesmo experimentou o apóstolo Paulo: «Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós» (2 Cor 4,7).

Por isso convido-vos a enraizar-vos na oração e nos sacramentos. A evangelização autêntica nasce sempre da oração e é sustentada por esta: para poder falar de Deus, devemos primeiro falar com Deus. E, na oração, confiamos ao Senhor as pessoas às quais somos enviados, suplicando-Lhe que toque o seu coração; pedimos ao Espírito Santo que nos torne seus instrumentos para a salvação dessas pessoas; pedimos a Cristo que coloque as palavras nos nossos lábios e faça de nós sinais do seu amor. E, de modo mais geral, rezamos pela missão de toda a Igreja, de acordo com a ordem explícita de Jesus: «Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!» (Mt 9,38). Sabei encontrar na Eucaristia a fonte da vossa vida de fé e do vosso testemunho cristão, participando com fidelidade na Missa ao domingo e sempre que possível também durante a semana. Recorrei frequentemente ao sacramento da Reconciliação: é um encontro precioso com a misericórdia de Deus que nos acolhe, perdoa e renova os nossos corações na caridade. E, se ainda não o recebestes, não hesiteis em receber o sacramento da Confirmação ou Crisma preparando-vos com cuidado e solicitude. Junto com a Eucaristia, esse é o sacramento da missão, porque nos dá a força e o amor do Espírito Santo para professar sem medo a fé. Encorajo-vos ainda à prática da adoração eucarística: permanecer à escuta e em diálogo com Jesus presente no Santíssimo Sacramento, torna-se ponto de partida para um renovado impulso missionário.

Se seguirdes este caminho, o próprio Cristo vos dará a capacidade de ser plenamente fiéis à sua Palavra e de testemunhá-Lo com lealdade e coragem. Algumas vezes sereis chamados a dar provas de perseverança, particularmente quando a Palavra de Deus suscitar reservas ou oposições. Em certas regiões do mundo, alguns de vós sofrem por não poder testemunhar publicamente a fé em Cristo, por falta de liberdade religiosa. E há quem já tenha pagado com a vida o preço da própria pertença à Igreja. Encorajo-vos a permanecer firmes na fé, certos de que Cristo está ao vosso lado em todas as provas. Ele vos repete: «Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus» (Mt 5,11-12).

7. Com toda a Igreja

Queridos jovens, para permanecer firmes na confissão da fé cristã nos vários lugares onde sois enviados, precisais da Igreja. Ninguém pode ser testemunha do Evangelho sozinho. Jesus enviou em missão os seus discípulos juntos: o mandato «fazei discípulos» é formulado no plural. Assim, é sempre como membros da comunidade cristã que prestamos o nosso testemunho, e a nossa missão torna-se fecunda pela comunhão que vivemos na Igreja: seremos reconhecidos como discípulos de Cristo pela unidade e o amor que tivermos uns com os outros (cf. Jo 13,35). Agradeço ao Senhor pela preciosa obra de evangelização que realizam as nossas comunidades cristãs, as nossas paróquias, os nossos movimentos eclesiais. Os frutos desta evangelização pertencem a toda a Igreja: «um é o que semeia e outro o que colhe», dizia Jesus (Jo 4,37).

A propósito, não posso deixar de dar graças pelo grande dom dos missionários, que dedicam toda a sua vida ao anúncio do Evangelho até os confins da terra. Do mesmo modo bendigo o Senhor pelos sacerdotes e os consagrados, que ofertam inteiramente as suas vidas para que Jesus Cristo seja anunciado e amado. Desejo aqui encorajar os jovens chamados por Deus a alguma dessas vocações, para que se comprometam com entusiasmo: «Há mais alegria em dar do que em receber!» (At 20,35). Àqueles que deixam tudo para segui-Lo, Jesus prometeu o cêntuplo e a vida eterna (cf. Mt 19,29).

Dou graças também por todos os fiéis leigos que se empenham por viver o seu dia-a-dia como missão, nos diversos lugares onde se encontram, tanto em família como no trabalho, para que Cristo seja amado e cresça o Reino de Deus. Penso particularmente em quantos atuam no campo da educação, da saúde, do mundo empresarial, da política e da economia, e em tantos outros âmbitos do apostolado dos leigos. Cristo precisa do vosso empenho e do vosso testemunho. Que nada – nem as dificuldades, nem as incompreensões – vos faça renunciar a levar o Evangelho de Cristo aos lugares onde vos encontrais: cada um de vós é precioso no grande mosaico da evangelização!

8. «Aqui estou, Senhor!»

Em suma, queridos jovens, queria vos convidar a escutar no íntimo de vós mesmos a chamada de Jesus para anunciar o seu Evangelho. Como mostra a grande estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o seu coração está aberto para amar a todos sem distinção, e seus braços estendidos para alcançar a cada um. Sede vós o coração e os braços de Jesus. Ide testemunhar o seu amor, sede os novos missionários animados pelo seu amor e acolhimento. Segui o exemplo dos grandes missionários da Igreja, como São Francisco Xavier e muitos outros.

No final da Jornada Mundial da Juventude em Madrid, dei a bênção a alguns jovens de diferentes continentes que partiam em missão. Representavam a multidão de jovens que, fazendo eco às palavras do profeta Isaías, diziam ao Senhor: «Aqui estou! Envia-me» (Is 6,8). A Igreja tem confiança em vós e vos está profundamente grata pela alegria e o dinamismo que trazeis: usai os vossos talentos generosamente ao serviço do anúncio do Evangelho. Sabemos que o Espírito Santo se dá a quantos, com humildade de coração, se tornam disponíveis para tal anúncio. E não tenhais medo! Jesus, Salvador do mundo, está conosco todos os dias, até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20).

Dirigido aos jovens de toda a terra, este apelo assume uma importância particular para vós, queridos jovens da América Latina. De fato, na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida, no ano de 2007, os bispos lançaram uma «missão continental». E os jovens, que constituem a maioria da população naquele continente, representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a sociedade. Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé.

A Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização, também invocada sob os títulos de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe, acompanhe cada um de vós em vossa missão de testemunhas do amor de Deus. A todos, com especial carinho, concedo a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 18 de outubro de 2012. 

ASPECTOS ESSENCIAIS DO SER CRISTÃO

terça-feira, 13 de novembro de 2012 Diego Tales

É bem conhecido o texto de Mt 16,13-24, que apresenta alguns dos aspectos essenciais da nossa fé cristã, aspectos que jamais poderemos esquecer se quisermos ser realmente fiéis a Nosso Senhor. Vejamo-los um a um:

Primeiro. A pergunta de Jesus: “Quem dizem os homens que eu sou?”
Notem que as respostas são muitas: umas erradas, outras imprecisas, nenhuma satisfatória.
Estejamos atentos a este fato: somente a razão humana, entregue às suas próprias forças, jamais alcançará verdadeiramente o mistério de Cristo.
A verdade sobre o Senhor, sua realidade mais profunda, sua obra salvífica, o mistério de sua pessoa e de sua missão, sua absoluta necessidade para que o mundo encontre salvação, vida e paz somente podem ser compreendidos à luz da fé, isto é, daquela humilde atitude de abertura para o Senhor que nos vem ao encontro e nos fala.
O homem fechado em si mesmo, preso no estreito orgulho da sua razão, jamais poderá de verdade penetrar no mistério de Cristo e experimentar a doçura de sua salvação.

Quanto já se disse de Jesus; quanto se diz hoje ainda: já tentaram descrevê-lo como um simples sábio, como um homem bom e justo, como uma espécie de pacifista, como um pregador de uma moral humanista, como um revolucionário, o primeiro comunista, como um hippie, etc. Nós, cristãos, não devemos nos iludir nem nos deixar levar por tais visões do nosso Divino Salvador. Jesus é e será sempre aquilo que a Igreja sempre experimentou, testemunhou e ensinou sobre ele: o Filho eterno do Pai, Deus com o Pai e como o Pai, o Messias, o único Salvador da humanidade, através de quem e para quem tudo foi criado no céu e na terra. Qualquer afirmação sobre Jesus que seja menos que isso, não é cristã e deve ser rejeitada claramente pelos cristãos!

Segundo. Ante as opiniões do mundo, o Senhor dirige a pergunta a nós, seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Em cada geração, todos nós e cada um de nós devemos responder quem é Jesus.
Não se trata de uma resposta somente teórica, teológica, digamos assim. Trata-se de uma resposta que deve ter sérias repercussões na nossa vida. Então: quem é Jesus para mim?
Que papel desempenha na minha vida? Como me relaciono com ele? Amo-o? Procuro-o na oração, procuro de todo o meu coração viver na sua palavra? Estou disposto a construir minha existência de acordo com a sua verdade?

Deixo-me julgar por ele ou eu mesmo, discretamente, procuro julgá-lo?
São perguntas muito atuais, sobretudo hoje, quando nossa sociedade ocidental vira as costas para o Cristo, julgando-o anacrônico e ultrapassado. Agora que a nossa cultura já não considera mais Jesus como aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, mas julga que a própria razão humana, com seus humores e pretensões, é que é a Verdade e a Luz, é, mais que nunca, essencial que nós proclamemos com a vida, com a palavra e com os costumes que Jesus é realmente o nosso Senhor, o nosso critério, a nossa única Verdade!

Terceiro. Pedro respondeu quem é Jesus: “Tu és o Messias!”, isto é, “Tu és o Cristo, o Esperado de Israel, aquele que Deus prometera aos nossos Pais!”
Na mesma passagem, em São Mateus, Jesus afirma claramente: “Não foi carne nem sangue que te revelaram isto, mas o meu Pai que está nos céus” (Mt 16,15).Insisto: somente o Pai, na potência do Santo Espírito que habita em nós e na Igreja como um todo, é que pode revelar-nos quem é Jesus.

A fé não é uma experiência acadêmica, não é fruto de estudos, não se resume a uma especulação teológica. Para um cristão, crer é entrar na experiência que há dois mil anos a Igreja vem fazendo na Palavra, nos sacramentos, na vida de cada dia: a experiência do Cristo Senhor, que foi morto pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa vida e justificação. Quem se coloca fora dessa fé, da fé da Igreja, já não é realmente cristão! Aqui é muito importante compreender que a nossa fé é pessoal, mas nunca individual: cremos na fé da Igreja, cremos no Cristo da Igreja, cremos como Igreja e com a Igreja. Uma outra fé, um outro Cristo seriam triste ilusão!

Quarto. O Evangelho nos surpreende com uma afirmação: “Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito”. Por quê? Porque havia o perigo de pensar nele como um messias glorioso, um messias como os sonhos dos judeus haviam fabricado: o messias do sucesso, das curas, dos shows da fé, dos palanques políticos, etc. Jesus somente afirmará de modo público que é o Messias quando estiver preso, amarrado, diante do Sumo Sacerdote. Aí já não haverá ocasião para engano. Mas, aqui a pergunta: Também nós, muitas vezes, não temos a tentação de querer um Cristo do nosso modo, sob a nossa medida, para nosso consumo? Amamos o Cristo como ele é ou o renegamos quando não faz como gostaríamos? Estamos realmente dispostos a ir com ele até o fim, crendo nele e nele nos abandonando?

Quinto. Exatamente para deixar claro que tipo de Messias ele é, Jesus começa a dizer “que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado; devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. Ele dizia isso abertamente”. Eis o tipo de Messias, o tipo de Salvador, o tipo de Deus que Jesus é! Será que nos interessa? Estamos nós dispostos a seguir um Mestre assim?

Sexto. Não será a nossa a mesma atitude de Pedro, que repreende Jesus, que desejaria um mestre mais racional, mais palatável, menos radical? Não é essa a maior tentação nossa: um Cristo sem cruz, um cristianismo sem renúncia, uma vida cristã que não nos custe nada?


Sétimo. A resposta de Jesus é clara, curta e dirigida perenemente a todos nós: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem quiser perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la!” O caminho é este, sem máscara, sem acordos, sem jeitinhos! Nosso Senhor nunca nos enganou; sempre disse claramente quais as condições para segui-lo…

Dom Henrique Soares da Costa

Minissérie de TV retrata a rotina dos Papas do Concílio Vaticano II

quarta-feira, 7 de novembro de 2012 Diego Tales


O Concílio Ecumênico Vaticano II foi convocado no dia 25 de janeiro de 1961, através da bula papal "Humanae salutis", pelo papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio, realizado em quatro sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI.
Nestas quatro sessões, mais de dois mil bispos convocados, de todo o planeta, discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas quatro constituições, nove decretos e três declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio.
Neste ano de 2012 a Igreja celebra os 50 anos da abertura desse grande evento. Em comemoração ao jubileu de prata será exibida, pela primeira vez na televisão brasileira, a minissérie “Papas do Concílio”.
Com base em dois filmes produzidos na Itália e inéditos no Brasil, a minissérie retrata a trajetória do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI, principais protagonistas do Concílio.
A produção que terá dez episódios conta, também, com depoimentos das personalidades mais importantes do episcopado brasileiro, que vivenciaram o período histórico mais marcante da Igreja Católica.
“Papas do Concílio” estreia no próximo dia 12 de novembro, em dois horários, às 14h e às 20h, na TV Aparecida.
Fonte: CNBB

O Evangelho segundo os evangélicos

segunda-feira, 5 de novembro de 2012 Diego Tales


INTRODUÇÃO
Ao ver o título deste texto posivelmente alguns poderíam pensar que se trata de algo ofensivo, mas não é assim. O objetivo desta instrução não é atacar nem ofender aos nossos irmãos evangélicos. Meu desejo é simplesmente mostrar a Verdade do Evangelho tal como é, num ambiente ecuménico, de amor ao irmão e de amor à Verdade.
Jesus Cristo disse: "A Verdade os fará livres." Jo 8,32 e é essa verdade a que queremos proclamar sem comentários, nem interpretações, nem agregados. Queremos proclamar o Evangelho completo do Nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo.
Se você for evangélico compare todas as passagens que damos da tua mesma Bíblia , a Reina Valera (buscar el nombre de esa edición em portugués), que é a que usamos neste texto, y reza pra que Deus te ilumine y te guie até a verdade plena. Se você for católico, agradece a Deus e reza para que você viva como um auténtico cristão seguindo o Evangelho de Jesus Cristo. Neste texto, você entenderá como o que muitos irmãos separados proclamam em folhetos, rádio e televisão é, senão, o Evangelho segundo os "evangélicos". Na coluna da esquerda estão as frases comuns de muitos evangélicos e na direita o que realmente diz a Sagrada Escritura.
São as 12 verdades do Evangelho, que como auténticos cristãos, devemos conhecer.
Os "evangélicos" dizem:
1.- Já estou salvado e se morro vou pro céu, nao posso perder a salvação.
O Evangelho ensina:
1.- "Mas aquele que persevere até o final, esse se salvará" Mt 24,13
Os "evangélicos" dizem:
2.- Sou salvado somente pela fé, nem as obras nem a obediencia nos salvam.
O Evangelho ensina:
2.- "Não todos aqueles que me dizem: Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus: mas, sim aquele que fizer a vontade do meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, mas nós não profetizamos em teu nome, e em teu nome lançamos demonios, e em teu nome fizemos muitos milagros?
E então lhes protestarei: "Nunca os conhecí; apártense de mim, servidores do mal." Mt 7,21-23
"E quando o Filho do homem venha em sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se sentará sobre o trono da sua glória. E serão reunidas frente a Ele todas as gentes: e os separará uns dos outros, como separa o pastor as ovelhas das cabras. E colocará as ovelhas a sua direita, e as cabras a sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estão a sua direita: Venham, abençoados do meu Pai, entren no reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; fui hóspede, e me aconchegastes; estive sem abrigo e me cubristes; doente, e me visitastes; preso, e viesteis a mim." Mt 25,31-36
Os "evangélicos" dizem:
3.- Cristo não está presente na Eucaristía, isso é somente algo simbólico.
O Evangelho ensina:
3.- "Eu sou o pão vivo que desceu do céu: se alguém come deste pão, viverá para sempre; e o pão que lhes darei é minha carne, a qual darei pela vida do mundo." Então os judeus discutiam entre eles, dizendo: " Como pode este dar a sua carne para comer?" Jo 6,51-52
"E Jesus lhes disse: Na verdade, na verdade lhes digo: Se não comes a carne do Filho do homem, e não bebes seu sangue, não terás vida en vós. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, tem vida eterna: e eu o ressucitarei no último dia. Porque minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Aquele que come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim, e eu nele." Jo 6,53-56
"E muitos dos seus discípulos escutando-o, disseram: Dura é está palavra: quem pode ouví-la?"   Jo 6,60
 "Desde isto, muitos dos seus discípulos voltaram para tras, e já não andavam com Ele".  Jo 6,66
 "Disse então Jesus aos doze: Querem voltar atrás também? E respondendo-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iremos? Vocé têm palabras de vida eterna." Jo 6,67-68
Os "evangélicos" dizem:
4.- Tenho que me confessar direto com Deus, não com homens pecadores.
O Evangelho ensina:
4.- "Então lhes disse Jesus outra vez: Paz a vós: como me enviou o Pai, assim também eu os envio. E como disse isso, soprou, e disse-lhes: Recebam o Espírito Santo: Aos que perdoais os pecados, ficam perdoados: e a quem lhes reterais, serão retidos." Jo 20,21-23
"Na verdade lhes digo que tudo o que vocês ligarem aqui na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligarem na terra, será desligado no céu." Mt 18,18
Os "evangélicos" dizem:
5.- Não tenho que chamar de "Pai a ninguém", a Bíblia me proíbe.
O Evangelho ensina:
5.- "Então Ele, dando sua voz , disse: Pai Abraham, tem misericordia de mim, e envia a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo em água, e refresque minha língua; porque sou atormentado nesta chama." Lc 16,24
"Conheces os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não cometas roubo, não des falso testemunho. Honra ao teu pai e a tua mãe." Lc 18,20
"Me levantarei, e irei ao meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti." Lc 15,18
Os "evangélicos" dizem:
6.- Tudo está escrito na Bíblia,se não está, não vale.
O Evangelho ensina: 
6.- "E tem também outras muitas coisas que fez Jesus, que se fossem escritas cada uma delas, não caberiam no mundo tantos livros que se haveriam de escrever. Amén." Jo 21,25
"E lhes disse: Vão por todo o mundo; prediquem o Evangelho a toda criatura." Mc 16,15
 "E eles, saindo, predicaram em todas partes, obrando". Mc 16,20
Os "evangélicos" dizem:
7.- Não temos que batizar as crianças, elas não necessitam. Aliás, se deve fazer a imersão em um rio porque Jesus Cristo recebeu o Espírito Santo quando desceu na água.
O Evangelho ensina:
7.- " Respondeu Jesus: Na verdade, na verdade, te digo, que o que não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, carne é; e o que é nacido do Espírito, espírito é." Jo 3,5-6
"E logo, saindo da água, viu abrirse os céus, e ao Espírito como pomba, que descía sobre Ele" Mc 1,10.
Os "evangélicos" dizem:
8.- Maria é uma mulher como as outras, não deve ser venerada pois a Bíblia não a menciona.
O Evangelho ensina:
8.- "E entrando o anjo onde estava, disse, ¡Ave, favorecidíssima! O Senhor esteja contigo: bendita tú es entre as mulheres ". Lc 1,28
"E aconteceu, que como escutou Elizabet o cumprimento de Maria, a criatura pulou em seu ventre; e Elizabet ficou cheia do Espírito Santo, E exclamou em alta voz, e disse: Bendita tú es entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre". Lc 1,41-42
"Porque aqui, desde agora me dirão bem-aventurada todas as gerações". Lc 1,48
Os "evangélicos" dizem:
9.- Maria não pode fazer nada porque está morta igual aos santos, e aliás a Bíblia não diz que ela possa interceder por nós.
O Evangelho ensina:
9.- "Eu sou o Deus de Abraham, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob? Deus não é Deus dos mortos, senão dos vivos." Mt 22,32
"E lhes apareceu Elías com Moisés, que conversavam com Jesus." Mc 9,4
"E faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Vinho não tem. Y disse-lhe Jesus: Que tenho eu contigo, mulher? Ainda não ha chegado minha hora. Sua mãe disse aos que serviam: Façam tudo o que lhes diga... E como o mestre-sala gostou da água feita vinho". Jo 2,3-9
Os "evangélicos" dizem:
10.- Não se deve dizer as mesmas palabras ao rezar, como no terço. Repetir não é bíblico.
O Evangelho ensina:
10.- "E (Jesus) voltando a irse, orou, repitindo as mesmas palavras." Mc 14,39
Os "evangélicos" dizem:
11.- Todos os apóstolos foram iguais. Isso sobre o Papa é um invento que não está na Bíblia. Pedro foi igual que os onze.
O Evangelho ensina:
11.- "E lhe trouxe a Jesus. E olhando-o, Jesus, disse: Tú es Simão, filho de Jonás: tú serás chamado Cephas (que quer dizer, Pedra)". Jo 1,42
"Mas eu também te digo, que tú es Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E a ti darei as chaves do reino dos ceús; e tudo o que ligares na terra será ligado nos ceús; e tudo o que desligares na terra será desligado nos ceús." Mt 16,18-19
"Disse também o Senhor: Simão, Simão, olha que Satanás pediu para crivaros como o trigo; mas eu roguei por ti para que tu fé não falte: e tú, uma vez de volta, confirma aos teus irmãos." Lc 22,31-32
"E veio e os encontrou durmindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? Não velastes uma hora?"  Mc 14,37
"E quando comeram, Jesus disse a Simão Pedro: Simão, filho de Jonás, me amas mais que estes? Disse-lhe; Sim Senhor: tú  sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta meus corderos. Volta a dizer-lhe a segunda vez: Simão, filho de Jonás, me amas? Respondeu-lhe: Sim, Senhor: tú sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta minhas ovelhas. Disse-lhe a terceira vez: Simão, filho de Jonás, me amas? Entristeceu-se Pedro de que le dissesse por terceira vez: Me amas? y disse-lhe: Senhor, tú sabes todas as coisas; tú sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta minhas ovelhas." Jo 21,15-17
Os "evangélicos" dizem:
12.- A Igreja nao importa, somente Cristo salva. É a mesma coisa estar em qualquer uma. O único necesario é aceitar a Cristo, não a Igreja.
O Evangelho ensina:
12.- " Aquele que os escuta, a mim escuta; e aquele que os despreza, a mim despreza; e aquele que a mim despreza, despreza aquele que me enviou." Lc 10,16
"Aquele que recebe a vocês, a mim me recebe; e aquele que a mim recebe, recebe ao que me enviou." Mt 10,40
"Por tanto, se teu irmão peca contra ti, vai, e redarguie-lhe entre ti e ele só: se te escuta, ganhaste ao teu irmao. Mas se não te escuta, consegue-te dois mais, para que na boca de dois ou de treis testemunhos conste toda palavra. E se não escuta a estes, diga a Igreja: e se não escutar a Igreja, considera-o como ético e publicano." Mt 18,15-17
"Mas eu também te digo, que tú es Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mt 16,18
Assim que, em frente irmão. É tempo de nos decidir a aceitar o Evangelho Completo de Jesus Cristo tal como está e não adaptá-lo segundo o gosto de cada um.
Jesus Cristo disse:
"Qualquer um, pois, que escutar estas palavras, e as pratica, o compararei a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a Rocha"Mt 7,24
Se você é evangélico, esse é o convite por parte do Nosso Senhor. Se você é católico, esse é o convite por parte do Nosso Senhor. Vive-o para ser um auténtico cristão.
Da minha parte, como católico, em vez do credo dos grupos evangélicos, melhor prefiro o ensinamento do Evangelho. Mesmo que ao dizer isto aconteça como o Apóstolo Paulo disse:
"Me hei tornado enemigo de vocês por haver dito a verdade?" Gal 4,16
Que a Virgem Maria interceda por cada um de nós para que sejamos fiéis ao Evangelho do seu Filho Jesus Cristo e ser fiéis a Igreja que Ele fundou: a Católica.
Autor Martín Zavala, Misioneros de la Palabra www.defiendetufe.org y librería Misión 2000 www.defiendetufe.com

Os mortos não estão dormindo

quinta-feira, 1 de novembro de 2012 Diego Tales



No Antigo Testamento, antes da Vinda do Cristo, pensava-se que quem morria ficava no sheol (mansão dos mortos), à espera da Vinda do Senhor, quando se dariam a Ressurreição dos mortos e o Juízo Final. Até lá, o sheol era igual para todo mundo, bons e maus: era o reino da morte para todos! Os mortos ficavam numa situação de espera até à consumação final. Aos poucos, porém, foi nascendo a idéia de que, mesmo no sheol, havia diferença entre os bons e os maus; basta pensar na parábola do rico epulão e do pobre Lázaro: os dois estão no sheol (no seio de Abraão), mas um está feliz enquanto o outro pena (cf. Lc 16,19-26). Em resumo: segundo os textos mais antigos do Antigo Testamento, os mortos ficavam “dormindo” no sheol até a ressurreição final, quando o Messias viesse; nos textos mais recentes, os judeus já não pensavam que os mortos ficavam dormindo, mas num estado de espera, bom para os justos e tormentoso para os maus, até que o Messias viesse para o julgamento definitivo.

No Novo Testamento, com a chegada do Messias, tudo muda! Com Cristo, que é o Messias esperado, os mortos não mais ficarão esperando, pois chegaram os últimos tempos! Recordemos aquela passagem de Lucas 23,42s, do bom ladrão: “E falou: ‘Jesus, lembra-te de mim quando vieres como Rei’. E Jesus lhe respondeu: ‘Eu te asseguro: ainda hoje estarás comigo no paraíso’”. O ladrão, como os judeus da época de Jesus, esperava a Ressurreição no final dos tempos, quando o Senhor viria em glória: “Lembra-te de mim, quando vieres com teu Reino!” Mas, o Reino já chegou, com a Ressurreição de Jesus chegaram os tempos finais. Por isso mesmo, Jesus responde: “Hoje mesmo estarás comigo!” Agora que ele chegou, que venceu a morte, não há mais o que ficar esperando: com Cristo, os mortos não têm mais o que esperar: já chegou o dia do julgamento! O futuro esperado torna-se hoje, torna-se presente em Cristo: a salvação definitiva não é uma realidade meramente futura, mas surte efeitos imediatos para quem parte desta vida na comunhão com Cristo; o paraíso, estado final da bem-aventurança, é estar com Cristo, “já”, “agora”!. A morte de Cristo abre as portas do paraíso, de modo que a morte do cristão é entrada na Vida eterna. Por isso mesmo São Paulo afirma preferir ausentar-se desta vida terrena para ir estar com Cristo: “Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos do corpo para morar junto do Senhor” (2Cor 5,8). Aqui aparece claramente que o término da existência terrena leva imediatamente a habitar junto do Senhor. Não tem essa de ficar dormindo: morrer é ir estar imediatamente com o Senhor... por isso Paulo prefere morrer logo! Os que morrem antes da Vinda de Cristo na glória vivem já com o Senhor. O Apóstolo acrescenta, em outra carta: “Para mim viver é Cristo e a morte, lucro. Entretanto, se o viver na carne ainda me permitir um trabalho frutuoso, não sei o que escolher. Estou como que na alternativa. Pois de um lado desejo partir para estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fl 1,21ss). Note-se que aqui o importante é que “o viver é Cristo”: a morte não é um lucro em si mesmo, mas somente se for um partir para estar logo com Cristo. Uma morte que fosse separação de Cristo ou que interrompesse a comunhão com ele, não seria “lucro” para Paulo. A morte somente é desejável porque permite a entrada na plenitude da comunhão com Cristo, que constitui o objetivo último da esperança cristã. Em mais sete textos paulinos a expressão “com Cristo” aparece com este significado. Por exemplo: “Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morrerem. Depois nós, os vivos, que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles para as nuvens, ao encontro do Senhor nos ares. Assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4,14.17); “Pois Deus não nos destina à ira mas à salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós a fim de que, vivos ou mortos, fiquemos unidos a ele” (1Ts 5,10).Outros textos são 2Cor 4,14; 13,4; Rm 6,8; 8,32. Estar com o Senhor exprime a firme certeza da comunhão com Cristo logo após a morte! Se o estar com Cristo fosse possível somente na Parusia (= Vinda de Cristo), o melhor para Paulo não seria partir! Partir para ficar dormindo?! Partir somente é bom porque é para estar com Cristo!

Resumindo: aparece claríssimo no Novo Testamento que logo após a morte “partimos para estar com Cristo”. Então, erram aqueles que afirmam que, após a morte, ficamos dormindo até à Ressurreição final! Afirmar que, após a morte ficamos dormindo, é esquecer que Cristo ressuscitou, que com ele, ressuscitamos para a Vida! Erram também gravemente os espíritas, que pensam que, após a morte, ficamos à toa, zanzando num além, até reencarnarmos novamente! Isso seria desconhecer que nem a morte, nem a vida, nem criatura alguma nos poderá separar do amor de Cristo (cf. Rm 8,39).

Para terminar, cito um importante texto do magistério da Igreja, a Constituição Benedictus Deus, do Papa Bento XII, no século XIV, que ensinou claramente e de modo infalível: “Nós, com a força da autoridade apostólica, definimos que, segundo a geral disposição de Deus, as almas de todos os santos que deixaram este mundo antes da paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, e aquelas dos santos apóstolos, dos mártires, dos confessores, das virgens e dos outros fiéis que morreram após receber o santo Batismo de Cristo, e nos quais não há mais nada para purificar quando morreram, e não haverá também no futuro, quando morrerem, ou caso tenham algo para purificar, uma vez purificado, já que foram purificados após a sua morte (...) imediatamente após a morte e a purificação - se disto tinham necessidade -, mesmo antes de reassumirem os seus corpos e do juízo universal, após a Ascensão do nosso Senhor Jesus Cristo ao céu, estavam, estão e estarão no céu, no reino dos céus e no celeste paraíso, com Cristo...”

A doutrina da Igreja é clara: aqueles que já estão purificados de seus pecados, imediatamente após a morte, mesmo antes do juízo final, estarão no paraíso, que é estar com Cristo. E isto por quê? Porque Jesus já ressuscitou e já subiu ao céu. Na sua Ascensão, já nos abriu o coração do Pai! Repito: quem nega que logo após a morte vamos estar com Cristo, está desconhecendo que Cristo ressuscitou, está ainda no Antigo Testamento!
E o juízo final? Na Vinda do Senhor nossos corpos ressuscitarão e tudo quanto fizemos de bom ou de mal, nossos atos e omissões aparecerão, com suas conseqüências para toda a humanidade!

Sou Bispo Auxiliar de Arquidiocese de Aracaju - SE