Novos Ministérios implantados no Grupo de Oração

terça-feira, 23 de agosto de 2011 Diego Tales

A Coordenadora Francisca Cédima junto com o núcleo de Serviço do Grupo de Oração rezaram e viram a necessidade de implantar mais dois ministério a serviço do Grupo de Oração Jesus Cristo Fonte de Água Viva. Na terça-feira 16 de Agosto de 2011 foram anunciados os novos coordenadores e os novos ministérios que são: Ministério de Comunicação Social e Ministério de Oração por Cura e Libertação. O Ministério Comunicação fica sob a coordenação do servo: Roberto e o Ministério de Cura: Diego Tales. Assumiu também nessa mesma noite a nova coordenadora do Ministério de Intercessão os servos : Rosinha e Jonhatan.

Deus Abençoe.
Diego Tales

Você é um plano de Deus

segunda-feira, 22 de agosto de 2011 Diego Tales

 “Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor: Antes que no seio materno fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado e te havia designado profeta das nações.” Jr 1, 4-5
Quando Deus nos criou, Ele nos deu também um plano de amor para a nossa vida. Cada um de nós é um plano de Deus. Se este plano que Deus tem para a sua vida não for realizado por você, ninguém mais vai realizá-lo, porque ele é seu, é único, é intransferível.
Deus nos chama para viver a nossa vida dentro de seu plano de amor. Às vezes, Ele nos pede coisas que vão além das nossas capacidades humanas. O plano de amor de Deus para alguns envolve viver com familiares difíceis ou enfrentar dificuldades na área da saúde, das finanças, dos relacionamentos, mas é através desse plano de amor que Deus vai nos levar à salvação, nossa e das pessoas que nos cercam. Na verdade, de todos nós Deus pede coisas que vão além de nossas forças: amar os inimigos, abençoar os que nos maldizem, perdoar quem nos ofende e muitas outras coisas difíceis de realizar.
Por que o Senhor nos pede coisas que humanamente não podemos realizar?  Jesus disse aos apóstolos: “Se eu não for não virá sobre vós o Espírito Santo.”(cf Jo 16,7) Nossa capacidade para realizar coisas difíceis vem de Deus, vem do Espírito Santo, a Força do Alto que Deus nos envia.
Quando o Senhor pediu a Maria para ser a mãe do Messias, isso parecia impossível e ela disse: “Como isso será possível?” O Anjo respondeu: “Não temas. Isso se fará pelo poder do Espírito Santo.” (cf Lc 1, 35)                   
 O segredo é ter comunhão contínua, constante com o Espírito Santo e tudo o que parece impossível se tornará possível.
São Tomás Aquino nos ensina que para cada novo chamamento de Deus, uma porção nova do Espírito nos é dada. Quando o Espírito Santo gerou Jesus no ventre de Maria, Ele a cobriu com sua sombra e deu a ela uma nova unção para que pudesse cumprir com seu papel de mãe do Salvador. Essa unção veio a Maria porque ela rendeu-se à vontade de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc1, 38)
Quando de todo coração nós nos rendemos à vontade de Deus, vem a unção para que possamos cumprir com sua vontade.  “Quanto a vós, a unção que dele recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, assim ela é verdadeira e não mentira.” I Jo 2, 27.
Com essa certeza de que o Espírito Santo nos capacita a cumprirmos o plano de Deus para a nossa vida, podemos ir com alegria viver o nosso chamado. Não estamos sozinhos, Deus mesmo nos assiste com a sua graça.

Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

Um Só Deus com o Pai, Um Só Homem com o Homem

domingo, 21 de agosto de 2011 Diego Tales

Afirma Santo Agostinho: “Deus não poderia conceder dom maior aos homens do que dar-lhes como Cabeça a sua Palavra, pela qual criou todas as coisas, e a ela uni-los como membros para que o Filho de Deus fosse também filho do homem, um só Deus com o Pai, um só homem com os homens. Por conseguinte, quando dirigimos a Deus nossas súplicas, não separemos dele o Filho; e, quando o Corpo do Filho orar, não separe de si sua Cabeça. Deste modo, o único salvador de seu corpo, nosso Senhor Jesus Cristo, é o mesmo que ora por nós, ora em nós e recebe a nossa oração.
Ele ora por nós como nosso sacerdote; ora em nós como nossa cabeça e recebe nossa oração como nosso Deus. Reconheçamos nele a nossa voz, e em nós a sua voz” (Comentário sobre os Salmos, Sl 85,1).
Quando me ponho a matutar por que, afinal, temos tanta dificuldade de perceber essa união nossa com Jesus e Dele conosco, só me vem uma resposta: falta de oração, falta de vida interior, falta de ‘atenção ao interior’.
Planejamento de oração
Na correria de nossas vidas, traçamos planos e itinerários para tudo: o melhor caminho a tomar, a estrada melhor e mais curta, o melhor local para reabastecer. Usamos o GPS para nos indicar caminhos e nos informar se estamos ou não no rumo do nosso alvo. Contudo, frequentemente nos esquecemos de traçar planos e rumos para nossa vida espiritual.
Deixamos de cumprir nossos horários de oração e nossa vida interior se resume nas apressadas preces do acordar e dormir. Rezamos o terço enquanto fazemos outra coisa, considerando, com certa razão, que é melhor que nada. Eucaristia durante a semana? Bem, se tiver uma missa de 7º dia, de casamento, de bodas...
Entretanto, Jesus Cristo, ora por nós como sacerdote; ora em nós como nossa cabeça e esposo; recebe nossa oração como nosso Deus. Nossa voz é sua voz, sua voz é nossa voz.
Veja: o caminho de Deus para nós é sempre cumprido. Jesus ora por nós e em nós constantemente, quer oremos ou não. O que falta, infelizmente, é o caminho contrário, de nós para ele, que recebe nossa oração como nosso Deus.
Certa feita, a inscrição da parte central da basílica de São Pedro mudou minha vida, como se eu jamais a tivesse visto antes: “Pedro, Satanás pediu para joeirar-te como o trigo, eu, porém, orei por ti, para que não desfalecesses na tua fé.” Foi como se um raio me atingisse e eu pudesse perceber que Jesus, de fato, intercede por mim, pessoalmente. O mesmo acontece com você. Jesus, o Senhor, o Filho de Deus, o Esposo, ora em você e por você.
Tudo o que você tem que fazer é: primeiro, ler e rezar com a Palavra para que ela seja seu “GPS” na vida espiritual. A Palavra, como vimos em Santo Agostinho, é o próprio Cristo. Ela nos conduzirá segundo a sua vontade. Junto a isso, prestar atenção ao seu interior, ao que Deus diz e faz em seu interior. Ao escutar, com atenção, o que Jesus diz em seu interior, responder-lhe, com simplicidade, com suas palavras sem ostentação, nem que seja para dizer o que mais agrada ao Senhor: “Jesus, eu te amo!”
 
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Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom *
Comunidade Shalom

Rio de Janeiro será a sede da próxima JMJ 2013, confirma o Vaticano

sábado, 13 de agosto de 2011 Diego Tales

Vaticano, 12 Ago. 11 / 07:26 pm (ACI/Europa Press)

Esta sexta-feira o porta-voz da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, confirmou que o Rio de Janeiro será a sede da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no ano 2013, e precisou que esta será celebrada em sede internacional um ano antes para não coincidir com o Mundial de Futebol, que terá lugar em 2014 no Brasil.

Embora seja tradição que o Santo Padre anuncie a sede da seguinte JMJ ao concluir a Eucaristia de encerramento da jornada, nesta ocasião foi confirmada previamente a sede do seguinte encontro internacional.

Na quinta-feira 11 de agosto, fontes diplomáticas confirmaram à Europa Press que o governador de Estado do Rio de Janeiro (Brasil), Sergio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, viajarão a Madri na próxima semana para comparecer aos atos que estarão sendo celebrados por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JM), que se realiza entre os dias 16 e 21 de agosto.

Assim, está previsto que tanto o governador como o prefeito do Rio de Janeiro estejam presentes nos eventos centrais celebrados com o Papa Bento XVI.

O Pontífice chegará na próxima quinta-feira 18 a Madri onde lhe aguarda uma cerimônia de boas-vindas na Praça de Cibeles, a Via Sacra no Passeio dos Recoletos, e a Vigília e a Missa 'de envio' no aeródromo de Quatro Ventos.

Também participarão de alguns dos eventos da JMJ com Bento XVI o chefe da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, e a secretária nacional de Juventude da Presidência da República, Severo Carmen Maceado, conforme informaram à Europa Press as próprias fontes.

No momento, há ao redor de 14 mil jovens brasileiros inscritos na Jornada, um cifra superada só pela Espanha, a Itália, a França, os EUA e a Alemanha.

Segunda cidade latino-americana a sediar a JMJ

Deste modo, depois de Buenos Aires (1987), a cidade brasileira será segunda da América do Sul em celebrar o encontro internacional. Com a de Madrid já foram celebradas 26 JMJs, todas elas presididas pelo Papa e onze delas fora do Vaticano.

Estas são: Buenos Aires (Argentina), Santiago de Compostela (Espanha), Czestochowa (Polônia), Denver (Estados Unidos), Manila (Filipinas), Paris (França), Roma (Itália), Toronto (Canadá), Colônia (Alemanha) e Sydney (Austrália). Perto de 20 milhões de jovens foram a estes encontros internacionais.

As Jornadas Mundiais da Juventude nasceram em 1984 por iniciativa do Papa João Paulo II. A primeira teve lugar em Roma no domingo de Ramos do mencionado ano, no contexto das celebrações setoriais do Ano Santo Jubilar da Redenção (1983-1984).

Diante do êxito da convocatória e das urgências eclesiásticas da Pastoral de Juventude, João Paulo II as instituiu com caráter permanente. Cada encontro internacional tem como lema uma frase Bíblica e todos contam, além disso, com um hino. Ambos convidam os jovens a refletirem sobre o Evangelho.

Anualmente as Jornadas são celebradas em cada diocese; entretanto, a cada dois ou três anos se organiza um evento internacional em uma cidade do mundo. A celebração se prolonga durante uma semana e inclui encontros religiosos, culturais e festivos, e conclui com uma Vigília e a Eucaristia presidida pelo Sumo Pontífice.

O primeiro dos encontros internacionais ocorreu em 1987 em Buenos Aires, onde um milhão de pessoas foram convocadas pelo Papa João Paulo II para "construir uma sociedade melhor".

Dois anos mais tarde, depois da capital Argentina, realizou-se em Santiago da Compostela, onde milhares de jovens peregrinos se reuniram com o Papa no Monte do Gozo.

A seguinte parada teve lugar em 1991 na cidade polonesa de Czestochowa, que representou a primeira reunião de João Paulo II com milhares de jovens em um país da Europa do Leste. À JMJ de Denver em 1993 compareceram meio milhão de jovens, convocados às Montanhas Rochosas, e foi a edição em que João Paulo II instaurou a Via Sacra.

A JMJ de 1995 se celebrou em Manila, a mais multitudinária da história com cinco milhões de assistentes. Dois anos mais tarde, em 1997, Paris foi a capital escolhida para festejar a XII Jornada Mundial da Juventude. Em 2000, coincidindo com o Jubileu, três milhões de jovens de todo o mundo atenderam o chamado do Papa e foram a Roma.

Toronto 2002 foi a última JMJ internacional à qual compareceu João Paulo II, já que faleceu meses antes da celebração da JMJ em Colônia, 2005. A esta foi o atual Pontífice, Bento XVI, para reunir-se com mais de dois milhões de jovens.

A cidade australiana de Sydney, em 2008, foi o último encontro internacional anterior ao de Madri.

Medo de Deus?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011 Diego Tales



            “Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 1-3).
 “Qual é o teu nome? – Moisés! O que pedes à Igreja de Deus? – A fé! E esta fé, o que te dará? – A vida eterna!” Assim começou a celebração Eucarística em que um jovem estudante de vinte e um anos recebeu o Batismo, a Crisma e a Primeira Eucaristia. São os Sacramentos da Iniciação Cristã. Na mesma ocasião, seu irmão Henrique foi crismado. A Assembléia litúrgica era composta de adultos, jovens e uma centena de crianças, que participavam do Festival das Crianças promovido pela Comunidade Sementes do Verbo em Icoaraci, nesta nossa Arquidiocese de Belém. O sorriso e a firmeza com que ouvi estas respostas iniciais do Rito que presidi com alegria me fizeram refletir sobre o nosso contato e o nosso trato com Deus.
O candidato à iniciação cristã ouviu a Palavra de Deus e antes do Batismo renunciou ao pecado, à divisão e ao demônio. Mergulhado na piscina batismal, dali saiu homem novo, foi ungido com o dom do Espírito Santo e admitido pela primeira vez à ceia Eucarística. O sorriso continuava resplandecente, como, aliás, posso testemunhar nas muitas semelhantes celebrações a que presidi. Não havia tristeza, constrangimento, receio ou medo de Deus.
Quem pede o Batismo não o faz para que alguém controle a sua vida, cerceando seus impulsos em busca de liberdade. Não, querer ser e viver como cristão eleva a alma humana, faz ser melhor e ser mais livres! Não somos, diante de pessoas que tenham outras convicções, homens e mulheres complexados, como se o pensar e o viver mundano fossem melhores. Não há nada mais digno na existência do que fazer a oblação livre da própria liberdade diante de Deus. Vale recordar a palavra de Jesus: “Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 31-32).
A Escritura reflete o aprendizado de muitas gerações no contato com Deus, superando o medo diante da presença sagrada, que atrai e provoca muitas vezes estupor. Moisés na montanha sagrada iniciou seu caminho de intimidade com Deus. Mas começou tirando as sandálias numa terra santa, deu desculpas quando chamado à missão, enfrentou e superou as próprias inseguranças. Foi testemunha de grandes sinais e prodígios. No final, ficou o relacionamento pessoal: “O Senhor falava com Moisés face a face, como alguém que fala com seu amigo” (Ex 33,11). À morte, registra o Livro do Deuteronômio: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moisés, com quem o Senhor tratasse face a face, nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer no Egito, contra o Faraó, seus servidores e o país inteiro, nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios que Moisés fez à vista de todo o Israel” (Dt 34, 10-12).
Elias, cujo ministério representa todo o profetismo do Antigo Testamento também passou pelo aprendizado do contato com Deus. Vento impetuoso, terremoto, fogo, brisa suave. É diante da brisa leve que ele cobre o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (Cf. I Rs 19,9.11-13). Deus não é encontrado na agitação interior ou exterior, mas quer ouvir e ser ouvido!
Os discípulos de Jesus (Mt 14, 22-33) escutaram do Senhor palavras consoladoras: “Coragem! Sou eu! Não tenhais medo!” e Pedro, tão parecido conosco, é chamado fraco na fé para se tornar rocha! Aprendeu a viver e deu sua vida por Jesus.
Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé. Não nascemos heróis, mas podemos, com a graça de Deus, vencer as sombras interiores que nos apavoram. Não custa acender a luz! E a palavra de Deus é luz para o nosso caminho! E muitas pessoas, ao nosso redor, estão suplicando que sejamos, iluminados por aquele que é Luz do Mundo, quais luzeiros que transformam em dia claro as sendas que percorrem.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

O espírito da aliança matrimonial

segunda-feira, 8 de agosto de 2011 Diego Tales

Doar-se: A aliança matrimonial é uma entrega, uma doação. Não é pedir em primeiro lugar, senão dar-se. E este é o primeiro sentido da aliança matrimonial: eu me doo como marido, como esposa e recebo como resposta a doação de meu cônjuge. Em relação com a Virgem Maria é uma entrega filial; na vida matrimonial é uma entrega esponsalícia. Essa entrega esponsalícia é uma superação radical do egoísmo.
Amar é viver centrado no TU e não no EU. Se um diz: “Eu te quero”, pode significar duas coisas distintas. Se há verdadeiro amor significa: “Eu te quero para fazer-te feliz”, do contrário significa: “Eu te quero para que me faças feliz”.
Amar com autenticidade não é renunciar à própria felicidade, mas descobrir que minha felicidade maior é viver para fazer feliz ao outro. É a felicidade de Deus: Deus é feliz porque está sempre se doando às outras pessoas da Santíssima Trindade e a nós.
E o homem está chamado a encontrar uma felicidade semelhante à de Deus, que é a felicidade de se doar e se regalar aos demais.
Amar é estar sempre para o tu, só para o tu. Pertencer-se (consagrar-se).
A aliança matrimonial nos pede uma entrega total, não uma entrega parcial. É uma entrega de todo seu ser e para sempre.
E este espírito deve animar-nos matrimonialmente: uma entrega total e permanente. Isso cria em nós uma consciência de pertencer e de consagração. Nossa vida está consagrada a alguém e desde esse momento já não pode haver solidão. Essa consciência de consagração, de que eu não me pertenço, mas que pertenço à outra pessoa, isso é o que nos pede nossa aliança matrimonial: pertenço ao cônjuge, agora e para sempre.
Não somente queremos caminhar juntos, compartilhar toda a vida, fazer-nos responsáveis um pelo outro, mas existe também um direito mútuo. O outro tem direito a meu amor, meu apoio, meu tempo, tem direito a que eu lute para alcançar sua realização pessoal, sua felicidade, sua santidade.
Essa consciência de consagração, que nos dá a aliança matrimonial, deveria ser tão forte como a que tem um sacerdote ou uma religiosa que se consagraram a Deus. E assim como o sacerdote ou a pessoa consagrada usa um distintivo externo – um hábito, uma cruz – que lembra esse caráter de pertencer a alguém, da mesma forma também os esposos têm esse distintivo.
Este é o sentido de nosso anel de casamento, nosso anel matrimonial, nossa “aliança”. Não é um adorno, senão o símbolo de uma consagração, de pertencer. A pessoa que usa a aliança dá a conhecer seu caráter de comprometido, de aliado, não só diante do cônjuge, mas também diante dos demais. Que importantes são os símbolos e que grande significado tem este anel: recorda-nos o amor, a presença, a fidelidade do cônjuge em cada circunstância.
E o que se renova volta a reviver. Daí a importância de renovar com frequência nossa aliança de amor matrimonial. Há matrimônios que fazem isso todos os meses.

Padre Nicolás Schwizer 
Movimento de Schoenstatt, Central de Comunicação

Casal Consagrado e Educação dos Filhos

terça-feira, 2 de agosto de 2011 Diego Tales

A família de Nazaré está conosco, pois dentro desse encontro falaremos sobre a família dentro das comunidades do casal consagrado e a educação dos filhos dentro da comunidade.
O casal é um novo dentro das comunidades, um novo que precisa ser acolhido, compreendido, entendido. Estamos preocupados, pois a comunidade não está sabendo tratar com este desafio, na sua entrega a Deus e acolhermos ao Espírito e nos entregarmos a Ele.
Ao falarmos de comunidade não podemos deixar de falar e voltar ao principio criativo, não podemos cair no que o mundo vem pregando, que os modelos de família estão passados e que precisam de outros modelos de família, mas esse modelo Jesus já apresentou, a solução não está em criar novos modelos, mas voltar ao modelo que Deus criou.
Nós que somos casados e pertencemos a uma comunidade seja vida ou aliança, pois não há diferença, devemos buscar um modelo que comporta escolhas e referências, se eu lhes perguntar: vocês querem ser como Adão e Eva ou José e Maria? Vocês dizem como José e Maria, mas porque vocês se comportam como Adão e Eva?

Uma família consagrada, aquela que se dedica a Deus, o casal independente de pertencer a comunidade, ele tem a obrigação da santidade. Se nós que somos novas comunidade não soubemos valorizar o valor que o matrimônio tem, quem é que vai valorizar? Se não valorizarem, então teremos muitos problemas.
O espaço das famílias precisa ser reservado. Os cônjuges que são consagrados, que já assumimos uma consagração, na comunidade que somos casados ela [consagração] se reveste, com tudo aquilo que eu assumi no meu batismo e matrimônio, eu coloco isso diante do carisma da comunidade. Uma consagração não se sobrepõe a outra, elas se complementam.

O espaço das famílias precisa ser reservado

E nesse sentido é maravilhoso, acolher as famílias. Deus está chamando as famílias para se consagrarem, que bom para as comunidade receberem as famílias, e que bom para as famílias pertencerem as comunidades. É uma riqueza para as famílias pertencer as comunidades. É bonito ver os diversos estados de vida convivendo, algo talvez já mais pensado na Igreja , a riqueza da sadia convivência, entre homens e mulheres, entre os diferentes estados de vida.

Os filhos são o elemento fundamental para as famílias, as novas comunidades não podem de forma alguma desprezar a figura dos filhos, precisam ter consideração, as comunidades que acolhem os casais novos, precisa saber que elas estão acolhendo também os filhos.

Juntamente com os pais, as comunidades precisam saber respeitar a vocação de cada um, é muito normal que nós pais queiramos que os filhos sigam nossos caminhos de consagração, mas muita vezes esquecemos que a opção por comunidade foi nossa, precisamos desejar a vontade de Deus na vida de nossos filhos, ensiná-los a procurar a vontade Dele.

O papel dos pais é orientar e educar, portanto nós vemos acontecer em alguma comunidade, exigindo o mesmo comportamento daquele casal e isso pode trazer uma série de consequências negativas. Eu não posso exigir dos filhos o mesmo comportamento dos pais, os filhos terão que respeitar as regras da comunidade, mas não se pode exigir o mesmo comportamento, que é exigido de um consagrado.

O casal precisa ter o espaço para viver seu espaço. E a Igreja nos alerta isso, muitos bispos não aprovam as comunidades, onde os casais não tem seu espaço, as famílias precisam dar testemunho, de como viver, as vezes as comunidade atropelam tanto, que as famílias não tem tempo para si mesmas.
As comunidades precisam respeitar as regras que estão acima das regras do estatuto, que é a regra do matrimônio.

Precisamos respeitar toda decisão, a opção vocacional dos filhos, pois senão os filhos se revoltam contra os pais, contra as comunidades, contra Deus, o que é pior. Se as pessoas que se revoltam contra nós, não se revoltassem contra Deus, ainda tinha uma esperança, mas não. E com isso, o coração dos filhos se fecham para Deus, para o que Deus tem para ele, mesmo que nossos filhos queiram fazer suas vocações, serão de Deus, pois nasceram num berço que soube respeitar sua identidade, individualidade. Se educamos, a maior garantia que temos é que nossos filhos farão a vontade de Deus. A educação que demos a eles nada e ninguém no mundo irá tirar, mesmo que eles se desviem um pouco, nada nem ninguém irá tirar o que foi plantado neles.

A atitude mais correta na educação, é aquele equilíbrio de amor e firmeza, os pais que são firmes de mais ou amor de mais, não consegue resultados positivos, pois sempre que precisamos ser firmes, faremos com amor.
A pior crise que temos é a da autoridade, não são os filhos que perderam a obediência, são os pais que perderam a autoridade, a falta de equilíbrio entre o autoritarismo, ou a liberdade, então colocaremos os filhos na crise de obediência.

Se a comunidade tira o tempo de família, ela precisa fazer um revisão, pois toda comunidade tem mais trabalho do que mão de obra, e o tempo da família, precisa ser sempre respeitado, mas que respeitado, precisa ser privilegiado. Será que este tempo não está sendo roubado? Nós fundadores temos que tomar cuidados para que não estejamos roubando esse tempo das famílias, não há como separar uma consagração.

Precisamos educar nosso filhos não querendo que eles façam a nossa vontade, mas a vontade de Deus.

Ítalo Fasanella